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Agência Panafricana de Notícias
Liberalismo senegalês acusado de bloquear cooperação agrícola
Dakar- Senegal (PANA) -- A política liberal instaurada no Senegal desde a chegada ao poder do Partido Democrático Senegal (PDS) de Abdoulaye Wade não deixa de surpreender os Senegaleses, nomeadamente os do mundo rural, acostumados ao maná do Estado-providência mantido pelos 40 anos de poder socialista, observa o diário "Le Quotidien".
O protesto dos operários agrícolas do Centro Polivalente de Formação dos Produtores Hortícolas de Sangalkam (subúrbio de Dakar) retomado pela China depois da partida de Taiwan, põe a descoberto uma parte do liberalismo ao qual os Senegaleses não parecem ter sido sensibilizados suficientemente.
Segundo uum inquérito realizado pelo Le Quotidien, um diário senegalês editado em Dakar, os operários agrícolas do Centro de Sangalkam parecem ter mal compreendido os termos do contrato que os liga aos novos gestores do centro, queixando-se do "regime de salários imposto pelos Chineses" (30 mil franco CFA por mês quando um dólar americano equivale a cerca de 458 franco CFA), contra o que os Chineses denominam "transferência de experiências".
"Não é uma empresa comercial, é antes um projecto demonstrativo que visa formar os agricultores locais no sentido duma maior eficácia na produção", disse o conselheiro económico e comercial da Embaixada da China, Zhou Zhaoming, que remete ao Governo senegalês os produtores em formação que confundem "prémios" e "salários".
Em Dakar, os mestres carpinteiros, pedreiros e outros artesões, na sua maioria, são obrigados a pagar salários ou prémios regulares aos seus aprendizes, sob pena de ver os seus ateliês esvaziar-se progressivamente dos mesmos.
A lição do liberalismo senegalês, embora insuficientemente assimilada pela população, não impediu a cooperação agrícola chinesa de ensinar as técnicas chinesas a perto de dois mil e 500 produtores senegaleses entre 2006 e 2009, no meio de protestos contra a passagem sem transição dum regime socialista ao liberalismo.
O protesto dos operários agrícolas do Centro Polivalente de Formação dos Produtores Hortícolas de Sangalkam (subúrbio de Dakar) retomado pela China depois da partida de Taiwan, põe a descoberto uma parte do liberalismo ao qual os Senegaleses não parecem ter sido sensibilizados suficientemente.
Segundo uum inquérito realizado pelo Le Quotidien, um diário senegalês editado em Dakar, os operários agrícolas do Centro de Sangalkam parecem ter mal compreendido os termos do contrato que os liga aos novos gestores do centro, queixando-se do "regime de salários imposto pelos Chineses" (30 mil franco CFA por mês quando um dólar americano equivale a cerca de 458 franco CFA), contra o que os Chineses denominam "transferência de experiências".
"Não é uma empresa comercial, é antes um projecto demonstrativo que visa formar os agricultores locais no sentido duma maior eficácia na produção", disse o conselheiro económico e comercial da Embaixada da China, Zhou Zhaoming, que remete ao Governo senegalês os produtores em formação que confundem "prémios" e "salários".
Em Dakar, os mestres carpinteiros, pedreiros e outros artesões, na sua maioria, são obrigados a pagar salários ou prémios regulares aos seus aprendizes, sob pena de ver os seus ateliês esvaziar-se progressivamente dos mesmos.
A lição do liberalismo senegalês, embora insuficientemente assimilada pela população, não impediu a cooperação agrícola chinesa de ensinar as técnicas chinesas a perto de dois mil e 500 produtores senegaleses entre 2006 e 2009, no meio de protestos contra a passagem sem transição dum regime socialista ao liberalismo.