Agência Panafricana de Notícias

Lei sobre exclusão política deve basear-se na moralidade, diz antigo PM líbio

Rabat, Marrocos (PANA) – A lei sobre a exclusão política adotada pelo Conselho Nacional Geral líbio (CNG, Parlamento) deve basear-se na moralidade para evitar fazer dela um instrumento de eliminação de adversários, defendeu o antigo primeiro-ministro líbio, Mahmoud Guibril.

Falando em conferência de imprensa na capital marroquina, Rabat, Guibril sublinhou a importância do novo diploma para a proteção da Revolução e dos seus objetivos.

"O desafio atual na Líbia, após a destituição do regime do ditador, é a instauração com êxito do diálogo nacional", defendeu.

Ele apelou a todas as partes para manter a razão e para uma maior responsabilidade com vista a permitir ao país ultrapassar as dificuldades atuais que, segundo ele , « só podem ser resolvidas por um entendimento nacional ».

Sobre o cerco dos Ministérios de soberania por milícias armadas, o ex-primeiro-ministro afirmou que era « totalmente normal que a Líbia herde em termos de arnaquia o que Kadafi semeou durante as suas décadas de liderança ».

Segundo ele, o que acontece presentemente na Líbia era previsível.

Neste sentido, indicou, os países que ajudaram a Líbia a destituir o regime de Kadafi devem desempenhar um papel na instauração do diálogo.

Explicou, por outro lado, que a sua visita a Marrocos se destina a agradecer a este país e aos seus líderes que adotaram uma posição honorável em relação à Revolução de 17 de fevereiro na Líbia.

« Marrocos com a sua experiência em matéria de gestão de instituições está em condições de dar uma ajuda à Líbia que está a envidar esforços para construir um Exército Nacional unido e estruturas de segurança a fim de pôr termo à insegurança prevalecente no país desde a destituição do regime de Kadafi », indicou Guibril.

Durante a sua visita a Marrocos, o ex-primeiro-ministro líbio encontrou-se com várias personalidades das quais o primeiro-ministro, os presidentes das duas câmaras do Parlamento, o ministro do Interior e o presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos.

-0- PANA AD/IN/JSG/FK/IZ 06maio2013