PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Kuhanha assume controlo do Moza Banco em Moçambique
Maputo, Moçambique (PANA) – A Kuhanha, sociedade gestora do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco de Moçambique (BM), é o novo maior acionista do Moza Banco, um banco privado que estava sob a intervenção do banco central desde setembro de 2016.
Para o efeito, a Kuhanha injetou cerca de oito mil e 170 milhões de meticais (cerca de 137 milhões de dólares americanos para comprar o Moza Banco.
O Grupo Barclays Africa, que se mostrava um potencial concorrente na compra do Moza Banco, ficou por trás, dando lugar a Kuhanha. Ficaram ainda a francesa Société Générale, bem como o Banco Africano de Marrocos, antes apontados pela imprensa moçambicana como concorrentes favoritos para assumir o controlo do Moza Banco.
Em setembro de 2016, o banco central resgatou o Moza Banco que enfrentava problemas de liquidez. Na altura, instalou um Conselho de Administração provisório, sob a presidência de um dos banqueiros mais experientes do país, João Figueiredo.
A tarefa do Conselho de Administração era garantir a recapitalização da Moza Banco.
Os acionistas existentes, designadamente Moçambique Capitais (um grupo de cerca de 400 investidores moçambicanos) e o banco português Banco Novo, não conseguiram mobilizar fundos para recapitalizar o banco.
Por isso, o BM nomeou uma Comissão de Avaliação que conduziu o processo de alienação, tendo apurado a Kuhanha por unanimidade.
Falando em conferência de imprensa, em Maputo, o membro do Conselho de Administração do BM, Alberto Bila, disse que a Kuhanha cumpriu todos os requisitos para a recapitalização do Moza Banco.
Disse que a sociedade tem um mês para esboçar os parâmetros da recapitalização, acrescentando que reúne os “requisitos prudenciais dentre os quais a capacidade financeira para garantir a estabilidade da instituição e a adequação do plano de negócios e dos membros dos órgãos sociais propostos”.
Afirmou que na nova estrutura de acionistas, a Kuhanha detém 80 porcento do Moza Banco.
Os acionistas existentes mantêm os restantes 20 porcento, ou 10 porcento para o Novo Banco e 10 porcento para a Moçambique Capitais. O empresário moçambicano António Almeida Matos, , acionista individual, mantém uma participação de 0,01 porcento.
Bila acrescentou que os acionistas confirmaram João Figueiredo como presidente do Conselho de Administração do Moza.
Por seu turno, Figueiredo explicou que, sob o novo acordo, os órgãos moçambicanos detém atualmente 90 porcento das ações.
“Uma solução moçambicana foi encontrada, e deverá produzir um valor acrescentado aos acionistas”, afirmou Figueiredo.
O Moza Banco já esteve na quarta maior posição dos bancos comerciais do país, quando detinha 8,9 porcento dos ativos no mercado bancário moçambicano e 7,6 porcento de todos os depósitos.
Figueiredo admitiu que, imediatamente após a intervenção do BM, o Moza Banco perdeu participação no mercado, caindo para “quinta ou sexta posição entre os bancos comerciais”, uma vez que, apesar de uma injeção de fundos do Banco Central para mantê-lo à tona, permaneceu subcapitalizada.
Também estava recuperando-se do que ele descreveu como uma situação “caótica” descoberta por uma auditoria em setembro de 2016.
No entanto, de acordo com Figueiredo, o Moza Banco continuou a expandir-se pelo país, abrindo agências que foram construídas sob a gestão anterior, mas depois foram destruídos.
A fonte frisou que ainda paira uma incerteza sobre a manutenção da denominação Moza Banco. “A nova estrutura e a Assembleia Geral poderá decidir sobre isso”.
Em 2010, o Moza Banco foi considerado pela empresa de consultoria KPMG, no seu relatório das “100 maiores empresas de Moçambique”, como instituição financeira com o mais rápido crescimento em volume de negócios.
Criado em 2008, o Moza Banco previa uma participação maioritária dos acionistas moçambicanos, da qual a Moçambique Capitais detinha na altura 51 porcento das ações e seu parceiro português 49 porcento.
-0- PANA AIM/IZ 02junho2017
Para o efeito, a Kuhanha injetou cerca de oito mil e 170 milhões de meticais (cerca de 137 milhões de dólares americanos para comprar o Moza Banco.
O Grupo Barclays Africa, que se mostrava um potencial concorrente na compra do Moza Banco, ficou por trás, dando lugar a Kuhanha. Ficaram ainda a francesa Société Générale, bem como o Banco Africano de Marrocos, antes apontados pela imprensa moçambicana como concorrentes favoritos para assumir o controlo do Moza Banco.
Em setembro de 2016, o banco central resgatou o Moza Banco que enfrentava problemas de liquidez. Na altura, instalou um Conselho de Administração provisório, sob a presidência de um dos banqueiros mais experientes do país, João Figueiredo.
A tarefa do Conselho de Administração era garantir a recapitalização da Moza Banco.
Os acionistas existentes, designadamente Moçambique Capitais (um grupo de cerca de 400 investidores moçambicanos) e o banco português Banco Novo, não conseguiram mobilizar fundos para recapitalizar o banco.
Por isso, o BM nomeou uma Comissão de Avaliação que conduziu o processo de alienação, tendo apurado a Kuhanha por unanimidade.
Falando em conferência de imprensa, em Maputo, o membro do Conselho de Administração do BM, Alberto Bila, disse que a Kuhanha cumpriu todos os requisitos para a recapitalização do Moza Banco.
Disse que a sociedade tem um mês para esboçar os parâmetros da recapitalização, acrescentando que reúne os “requisitos prudenciais dentre os quais a capacidade financeira para garantir a estabilidade da instituição e a adequação do plano de negócios e dos membros dos órgãos sociais propostos”.
Afirmou que na nova estrutura de acionistas, a Kuhanha detém 80 porcento do Moza Banco.
Os acionistas existentes mantêm os restantes 20 porcento, ou 10 porcento para o Novo Banco e 10 porcento para a Moçambique Capitais. O empresário moçambicano António Almeida Matos, , acionista individual, mantém uma participação de 0,01 porcento.
Bila acrescentou que os acionistas confirmaram João Figueiredo como presidente do Conselho de Administração do Moza.
Por seu turno, Figueiredo explicou que, sob o novo acordo, os órgãos moçambicanos detém atualmente 90 porcento das ações.
“Uma solução moçambicana foi encontrada, e deverá produzir um valor acrescentado aos acionistas”, afirmou Figueiredo.
O Moza Banco já esteve na quarta maior posição dos bancos comerciais do país, quando detinha 8,9 porcento dos ativos no mercado bancário moçambicano e 7,6 porcento de todos os depósitos.
Figueiredo admitiu que, imediatamente após a intervenção do BM, o Moza Banco perdeu participação no mercado, caindo para “quinta ou sexta posição entre os bancos comerciais”, uma vez que, apesar de uma injeção de fundos do Banco Central para mantê-lo à tona, permaneceu subcapitalizada.
Também estava recuperando-se do que ele descreveu como uma situação “caótica” descoberta por uma auditoria em setembro de 2016.
No entanto, de acordo com Figueiredo, o Moza Banco continuou a expandir-se pelo país, abrindo agências que foram construídas sob a gestão anterior, mas depois foram destruídos.
A fonte frisou que ainda paira uma incerteza sobre a manutenção da denominação Moza Banco. “A nova estrutura e a Assembleia Geral poderá decidir sobre isso”.
Em 2010, o Moza Banco foi considerado pela empresa de consultoria KPMG, no seu relatório das “100 maiores empresas de Moçambique”, como instituição financeira com o mais rápido crescimento em volume de negócios.
Criado em 2008, o Moza Banco previa uma participação maioritária dos acionistas moçambicanos, da qual a Moçambique Capitais detinha na altura 51 porcento das ações e seu parceiro português 49 porcento.
-0- PANA AIM/IZ 02junho2017