PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Kadafi saúda normalização de relações com Itália
Roma- Itália (PANA) -- O guia Muamar Kadafi, presidente em exercício da União Africana (UA), afirmou quarta-feira à tarde em Roma que a sua presença na capital italiana, pela primeira vez, é uma prova da mudança da situação entre o seu país e a Itália.
Falando durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, Kadafi disse que a Itália de hoje não é a de ontem e que a Líbia de ontem, que era colonizada, não é a Líbia de hoje, a da Revolução.
"O povo líbio não se interessa pelo valor material das recompensas contidas no tratado de amizade, de parceria e de cooperação líbio- italiana já que os actos perpetrados pela Itália colonialista contra o povo líbio não podem ser reparados", declarou o líder líbio que se reuniu antes com Giorgio Napolitano.
Sublinhou que a sua presença na capital italiana é igualmente uma prova de que a Itália condena a colonização e deplora o passado colonial, afirmando que esta nova situação lhe permitiu estar em Roma e que os dois países exprimiram hoje a sua sólida amizade que foi uma grande hostilidade no passado.
Kadafi indicou que a Itália permanece hoje um país de paz, de cooperação e de amizade e muito pacífico aos níveis mundial e europeu, precisando que a Líbia e a Itália têm a mesma posição e condenam o fascismo e a colonização, bem como a agressão contra outro e as tentativas de ocupar os territórios de outros.
Adiantou que alguns antigos países colonialistas conservam ainda algumas colónias e mantêm uma presença militar e pretendem que estes colónias foram entregues a eles, contrariamente à Itália que realmente rompeu qualquer laço com a colonização e o fascismo.
Saudou a coragem desta nova geração de italianos, nomeadamente o Presidente de República e o primeiro-ministro pela sua temeridade e pela sua precisão de apresentar desculpas oficiais ao povo líbio pelo período colonial, o que permitiu assinar o tratado de amizade e de cooperação entre Roma e Tripoli, esquecer o passado e abrir uma nova página.
O líder líbio acrescentou que discutiu com o Presidente italiano as relações entre a UA e a União Europeia (UE) e precisou que a Itália alimenta ambições no seio da UE como as ambições da Líbia na UA, já que a Itália deseja que a UE disponha dum único ministro dos Negócios Estraneiros e não dum coordenador dos Negócios Estrangeiros.
Indicou que a Líbia que desempenha um papel pioneiro para a unidade e a unificação de África está confrontada com a mesma situação no continente africano onde ela reclama pela designação dum único ministro dos Negócios Estrangeiros para a UA porque não é lucrativo para África ter 53 vozes para os Negócios Estrangeiros para comunicar com o mundo bem como não é no interesse da Europa ter 27 vozes para tratar com o mundo que se orienta para espaços gigantes onde não há lugar para os Estados-nações que naveguam a contra a corrente.
O guia líbio sublinhou que a sua reunião com o Presidente italiano permitiu evocar os difíceis problemas no Corno de África, indicando que decidiu com Giogio Napolitano encontrar um mecanismo para tentar ajudar as populações daquela zona do continente africano a resolver problemas como o das fronteiras entre a Eritreia e a Etiópia, a guerra civil na Somália, bem como o fenómeno da pirataria no Golfo de Aden.
Afirmou que convém tratar das causas da existência deste fenómeno e não o fenómeno em si.
Kadafi indicou igualmente que está a elaborar um tratado entre os Somalís e o mundo para resolver o problema da pirataria no Corno de África que consiste em respeitar uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) somalí em contrapartida da cessação pelos Somalís de qualquer acto de pirataria e assinalou que ele apresentará este tratado à Itália, ao mundo e à Assembleia Geral das Nações Unidas que será presidida pela Líbia em Setembro próximo.
Por seu turno, o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, sublinhou a importância do tratado de amizade, de parceria e de cooperação italo- líbio que marca o início duma nova fase nas relações entre Roma e Tripoli.
Giorgio Napolitano sublinhou igualmente a vontade dos dois países de abrir uma nova página nas relações bilaterais distinguida pela cooperação e por uma forte parceria política e económica em todos os domínios de cooperação.
Acrescentou que o seu país partilha com a Líbia a vontade de estabelecer uma maior cooperação entre a UE e a UA e que Roma trabalha igualmente para apoiar a assinatura dum acordo de parceria entre a UE e a Líbia.
Sublinhou que decidiu com o líder líbio desdobrar esforços comuns para resolver os conflitos em algumas regiões de África, nomeadamente na Somália.
O Presidente italiano afirmou o engajamento da Itália a fazer do Mediterrâneo um mar de cooperação e de troca em benefício dos seus povos.
Falando durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, Kadafi disse que a Itália de hoje não é a de ontem e que a Líbia de ontem, que era colonizada, não é a Líbia de hoje, a da Revolução.
"O povo líbio não se interessa pelo valor material das recompensas contidas no tratado de amizade, de parceria e de cooperação líbio- italiana já que os actos perpetrados pela Itália colonialista contra o povo líbio não podem ser reparados", declarou o líder líbio que se reuniu antes com Giorgio Napolitano.
Sublinhou que a sua presença na capital italiana é igualmente uma prova de que a Itália condena a colonização e deplora o passado colonial, afirmando que esta nova situação lhe permitiu estar em Roma e que os dois países exprimiram hoje a sua sólida amizade que foi uma grande hostilidade no passado.
Kadafi indicou que a Itália permanece hoje um país de paz, de cooperação e de amizade e muito pacífico aos níveis mundial e europeu, precisando que a Líbia e a Itália têm a mesma posição e condenam o fascismo e a colonização, bem como a agressão contra outro e as tentativas de ocupar os territórios de outros.
Adiantou que alguns antigos países colonialistas conservam ainda algumas colónias e mantêm uma presença militar e pretendem que estes colónias foram entregues a eles, contrariamente à Itália que realmente rompeu qualquer laço com a colonização e o fascismo.
Saudou a coragem desta nova geração de italianos, nomeadamente o Presidente de República e o primeiro-ministro pela sua temeridade e pela sua precisão de apresentar desculpas oficiais ao povo líbio pelo período colonial, o que permitiu assinar o tratado de amizade e de cooperação entre Roma e Tripoli, esquecer o passado e abrir uma nova página.
O líder líbio acrescentou que discutiu com o Presidente italiano as relações entre a UA e a União Europeia (UE) e precisou que a Itália alimenta ambições no seio da UE como as ambições da Líbia na UA, já que a Itália deseja que a UE disponha dum único ministro dos Negócios Estraneiros e não dum coordenador dos Negócios Estrangeiros.
Indicou que a Líbia que desempenha um papel pioneiro para a unidade e a unificação de África está confrontada com a mesma situação no continente africano onde ela reclama pela designação dum único ministro dos Negócios Estrangeiros para a UA porque não é lucrativo para África ter 53 vozes para os Negócios Estrangeiros para comunicar com o mundo bem como não é no interesse da Europa ter 27 vozes para tratar com o mundo que se orienta para espaços gigantes onde não há lugar para os Estados-nações que naveguam a contra a corrente.
O guia líbio sublinhou que a sua reunião com o Presidente italiano permitiu evocar os difíceis problemas no Corno de África, indicando que decidiu com Giogio Napolitano encontrar um mecanismo para tentar ajudar as populações daquela zona do continente africano a resolver problemas como o das fronteiras entre a Eritreia e a Etiópia, a guerra civil na Somália, bem como o fenómeno da pirataria no Golfo de Aden.
Afirmou que convém tratar das causas da existência deste fenómeno e não o fenómeno em si.
Kadafi indicou igualmente que está a elaborar um tratado entre os Somalís e o mundo para resolver o problema da pirataria no Corno de África que consiste em respeitar uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) somalí em contrapartida da cessação pelos Somalís de qualquer acto de pirataria e assinalou que ele apresentará este tratado à Itália, ao mundo e à Assembleia Geral das Nações Unidas que será presidida pela Líbia em Setembro próximo.
Por seu turno, o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, sublinhou a importância do tratado de amizade, de parceria e de cooperação italo- líbio que marca o início duma nova fase nas relações entre Roma e Tripoli.
Giorgio Napolitano sublinhou igualmente a vontade dos dois países de abrir uma nova página nas relações bilaterais distinguida pela cooperação e por uma forte parceria política e económica em todos os domínios de cooperação.
Acrescentou que o seu país partilha com a Líbia a vontade de estabelecer uma maior cooperação entre a UE e a UA e que Roma trabalha igualmente para apoiar a assinatura dum acordo de parceria entre a UE e a Líbia.
Sublinhou que decidiu com o líder líbio desdobrar esforços comuns para resolver os conflitos em algumas regiões de África, nomeadamente na Somália.
O Presidente italiano afirmou o engajamento da Itália a fazer do Mediterrâneo um mar de cooperação e de troca em benefício dos seus povos.