PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Kadafi reitera necessidade de Governo continental e Exército único africano
Dakar, Senegal (PANA) – O líder líbio, Muamar Kadafi, reiterou terça-feira em Dakar o seu desejo de criação dum Governo continental e dum Exército único africano.
Num discurso pronunciado no quadro da terceira edição do Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN), que decorre de 10 a 31 de Dezembro, Kadafi declarou que estas instituições só poderão tornar efetiva a unidade do continente e dar sentido aos combates e aos sacrifícios consentidos pelos africanos através da história se eles estiverem unidas.
«Infelizmente, atualmente Áfríca só é uma ave de rapina que todas as hienas e todos os lobos, no mundo, querem tomar o controlo e devorar», deplorou.
« Hoje África é uma espécie de caça guarnecida. Estamos a viver uma nova subordinação. Não queremos voltar ao ponto de partida. Não queremos tornar-nos numa espécie de caça guarnecida. Queremos uma África unida, dotada dum único Exército », acrescentou o líder líbio.
«As diferentes forças armadas de países africanos, tomadas individualmente, não podem ser viáveis. Nenhum dos nossos países poderá, sozinho, fazer face às forças da OTAN, dos Estados Unidos ou de França», prosseguiu.
Segundo ele, uma força unida africana que poderia recrutar até um milhão de homens representaria uma força dissuasiva.
«Os líderes africanos opostos à criação dum Exército único africano são ou agentes do imperialismo ou traidores», declarou Kadafi na presença de vários chefes de Estado africanos.
«Expliquem-me a mentalidade dos que obstruem a criação duma força africana unificada ? Será que eles querem que voltemos à escravatura e à servidão ?», interrogou-se.
«Sofremos, no passado, mas será que deveremos ainda deixar estes jovens (africanos) sofrer como sofreram os seus avôs. Não se deve nunca permitir esta situação », acrescentou.
O guia líbio deplorou as décadas perdidas quando, desde as independências panafricanistas como Kwame Nkrumah do Gana, apelaram para a criação dum Governo continental a fim de preservar África das situações que ela está a viver atualmente.
« Na época das independências, os líderes criaram a Organização da Unidade Africana (OUA) para ajudar na libertação de todos os países. Atualmente, a OUA está ultrapassada. Nós devemos realizar a união africana », declarou Kadafi.
Ele apelou para a realização efetiva da unidade de África, denunciando a posição dos que preconizam, como premissa, a criação de blocos regionais.
« Os líderes africanos que não estão prontos para a unidade africana devem apenas ficar em casa », declarou o líder líbio.
« África deve unir-se para que os Africanos não se tornem escravos ou servos. Nenhum país africano pode sobreviver no isolamento. Agora, é um combate pela vida ou morte », disse.
«É preciso pôr termo a esta lenda e a este mito do regionalismo, pois os que apelam para a criação de blocos regionais querem ocupar-nos para o colonialismo», acrescentou o líder líbio.
-0- PANA SIL/AAS/FK/TON 15Dez2010
Num discurso pronunciado no quadro da terceira edição do Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN), que decorre de 10 a 31 de Dezembro, Kadafi declarou que estas instituições só poderão tornar efetiva a unidade do continente e dar sentido aos combates e aos sacrifícios consentidos pelos africanos através da história se eles estiverem unidas.
«Infelizmente, atualmente Áfríca só é uma ave de rapina que todas as hienas e todos os lobos, no mundo, querem tomar o controlo e devorar», deplorou.
« Hoje África é uma espécie de caça guarnecida. Estamos a viver uma nova subordinação. Não queremos voltar ao ponto de partida. Não queremos tornar-nos numa espécie de caça guarnecida. Queremos uma África unida, dotada dum único Exército », acrescentou o líder líbio.
«As diferentes forças armadas de países africanos, tomadas individualmente, não podem ser viáveis. Nenhum dos nossos países poderá, sozinho, fazer face às forças da OTAN, dos Estados Unidos ou de França», prosseguiu.
Segundo ele, uma força unida africana que poderia recrutar até um milhão de homens representaria uma força dissuasiva.
«Os líderes africanos opostos à criação dum Exército único africano são ou agentes do imperialismo ou traidores», declarou Kadafi na presença de vários chefes de Estado africanos.
«Expliquem-me a mentalidade dos que obstruem a criação duma força africana unificada ? Será que eles querem que voltemos à escravatura e à servidão ?», interrogou-se.
«Sofremos, no passado, mas será que deveremos ainda deixar estes jovens (africanos) sofrer como sofreram os seus avôs. Não se deve nunca permitir esta situação », acrescentou.
O guia líbio deplorou as décadas perdidas quando, desde as independências panafricanistas como Kwame Nkrumah do Gana, apelaram para a criação dum Governo continental a fim de preservar África das situações que ela está a viver atualmente.
« Na época das independências, os líderes criaram a Organização da Unidade Africana (OUA) para ajudar na libertação de todos os países. Atualmente, a OUA está ultrapassada. Nós devemos realizar a união africana », declarou Kadafi.
Ele apelou para a realização efetiva da unidade de África, denunciando a posição dos que preconizam, como premissa, a criação de blocos regionais.
« Os líderes africanos que não estão prontos para a unidade africana devem apenas ficar em casa », declarou o líder líbio.
« África deve unir-se para que os Africanos não se tornem escravos ou servos. Nenhum país africano pode sobreviver no isolamento. Agora, é um combate pela vida ou morte », disse.
«É preciso pôr termo a esta lenda e a este mito do regionalismo, pois os que apelam para a criação de blocos regionais querem ocupar-nos para o colonialismo», acrescentou o líder líbio.
-0- PANA SIL/AAS/FK/TON 15Dez2010