Agência Panafricana de Notícias

Kadafi exige inquérito da ONU sobre crimes de guerra e assassinatos

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- O guia líbio e presidente em exercício da União Africana, Muamar Kadafi, exigiu quarta-feira, na tribuna da ONU em Nova Iorque, um inquérito das Nações Unidas sobre os crimes de guerra e assassinatos para apurar as responsabilidades e julgar as pessoas implicadas para que o mundo se sinta estável e em segurança.
Entre as guerras, para as quais Kadafi pede inquéritos, figuram a do Suez em 1956, a do Vietname, a invasão do Panamá e o assassinato do seu Presidente, contra a Somália, contra a Jugoslávia e no Iraque, que qualificou "de mãe de todos os pecados".
Referiu-se também ao enforcamento do Presidente iraquiano, Saddam Hussein, o escândalo da prisão iraquiana de Abu Graeib, a guerra contra o Afeganistão, os assassinatos do ex-Presidente congolês, Patrice Lumumba, do antigo Secretário-Geral da ONU, Dag Hammarskojokd, do ex-Presidente americano, John Kennedy, e do militante negro, Martin Luther King.
Falou igualmente dos assassinatos dos Palestinianos Khalil Al-Wesir (Abou Jihad) e Salah Khalaf (Abou Iyad), bem como dos massacres de Sabra e Ghatila (Líbano) e de Gaza em 2008, a destruição das instituições da ONU e a pirataria na Somália.
Kadafi evocou ainda a transferência da sede da ONU para um outro local, afirmando que "o actual edifício de vidro", além de ser um alvo da Al-Qaeda, coloca complicações de seguranças impostas pelo país sede.
O líder líbio indicou que esta questão será submetida a voto na Assembleia Geral da ONU, propondo que a sede seja transferida para Sirtes, na Líbia, Viena, na Áustria, Nova Deli, na Índia, ou Beijing, na China.