Agência Panafricana de Notícias

Kadafi apela à activação do tratado de defesa comum dos Árabes

Tripoli- Líbia (PANA) -- O chefe de Estado líbio, Muamar Kadafi, apelou aos países árabes para reactivarem o seu tratado de defesa comum com vista a fazer face à agressão israelita que prossegue na Faixa de Gaza, na Palestina, onde bombardeamentos israelitas fizeram sábado passado mais de 390 mortos e mil 800 feridos.
Durante um encontro terça-feira à noite em Tripoli com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da União do Magrebe Árabe (UMA), o líder líbio declarou-se surpreendido que os Árabes não tivessem feito recurso a este mecanismo que estipula que "qualquer país árabe vítima de qualquer agressão deve ser defendido por todos os Árabes que devem combater ao seu lado".
Este mecanismo está conforme com a legalidade internacional, segundo Kadafi.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da União do Magrebe Árabe (UMA), que agrupa Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia, realizaram terça-feira à noite em Tripoli uma reunião de concertação consagrada à análise das questões que estiveram no centro do encontro extraordinário dos chefes das diplomacias desta organização pan-arabistas decorrida quarta-feira última, no Cairo, no Egipto, à luz da situação humanitária na Faixa de Gaza.
Para o guia Kadafi, os árabes devem actualmente fechar todas as portas das negociações, anular todos os acordos e cortar as relações diplomáticas que alguns dentre eles mantêm com Israel.
Ele convidou-os a não colocar o mesmo disco estragado segundo o qual eles são incapazes de lançar a batalha de libertação devido às suas condições e à sua incapacidade de capturar seu inimigo e de o combater.
Na sua óptica, tendo em conta esta atitude de incapacidade em se encontram, a única decisão justa é fechar todas as portas de negociações com este ocupante.
"O que é que tirámos de positivo de todas estas negociações e de todos estes tratados e acordos com os Israelitas?", interrogou-se o líder líbio, frizando que "o que se passa actualmente na Faixa de Gaza é um genocídio perpetrado não apenas contra o Hamas mas contra o povo palestino e a nação árabe inteira".
Kadafi indicou que a decisão histórica conveniente para a situação actual dos Árabes que pretendem não estar em condições de combater e que não têm a vontade de o fazer é fechar definitivamente a porta de todas as negociações que servem apenas a agenda sionista visando exterminá-los, retirar a Iniciativa Árabe de Paz que qualificou de "conspiração árabe" e boicotar os Israelitas, o que já está no alcance dos Árabes, mantendo-se em estado de guerra, mesmo sem o fazer, com a entidade israelita.