PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Juventude africana no centro de programas de educação para promover emprego
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A juventude ocupa uma posição importante nas preocupações dos participantes na Trienal da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA), que decidiram inscrevê-la doravante no centro dos programas de educação e formação para responder à necessidade de promover conhecimentos adequados ao emprego.
Esta revelação foi feita pelo representante da Comissão da União Europeia (UE), Kristian Schmidt, na cerimónia de abertura segunda-feira da Trienal da ADEA que decorre na capital burkinabe, Ouagadougou.
Schmidt vê nesta Trienal uma oportunidade para ouvir e responder às expetativas da “Primavera Árabe” e identificar as competências úteis para o desenvolvimento e como construir sistemas educativos capazes de as produzir "em número e qualidade suficientes para responder aos desafios do mundo atual e de África”.
« Os acontecimentos na África do Norte mostram-nos que não basta aprender a ler e escrever », afirma Schmidt, para quem a educação não cria o emprego e não basta para favorecer a inserção no mercado do trabalho desta juventude tida como « o mais precioso dos recursos naturais » que fazem a riqueza de África.
A União Europeia, que parece ter tirado uma lição da « Primavera Árabe », decidiu, através da sua «agenda para a mudança », associar cada vez mais o setor privado, a sociedade civil, as autoridades locais e regionais a formas renovadas da sua parceria com os Estados, e consagrar 20 porcento da ajuda europeia para o período de 2014 a 2020 à inclusão social e ao desenvolvimento humano.
« A comunidade internacional deve agir e respeitar os seus compromissos », recomenda por seu turno a subdiretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para África, Lalla Ben Barka.
Barka precisa que a sua agência, que definiu em 2000 em Dakar (Senegal) “os grandes objetivos humanistas da Educação Para Todos”, está engajada com a ADEA em várias frentes.
Segundo a UNESCO, « a ajuda de emergência à educação aumentou 20 porcento entre 2008 e 2009 para atingir cinco biliões 600 milhões de dólares americanos. Mas faltam ainda 16 biliões de dólares americanos por ano para realizar os objetivos da Educação Para Todos no ensino primário".
Também entre os delegados à Trienal de Ouagadougou, insiste Ben Barka, é consensual a ideia de que a juventude « reclama por competências, aspira a uma vida melhor, coloca desafios colossais » e que « a sua explosão em África torna mais urgente a necessidade de ligar educação, formação e emprego ».
"Nenhum país pode ter todas as respostas, e as Nações Unidas existem para, juntos, fazer face aos défices de acesso à escola, da qualidade da educação e do financiamento", afirmou.
-0- PANA SEI/SSB/IBA/FK/IZ 13fev2012
Esta revelação foi feita pelo representante da Comissão da União Europeia (UE), Kristian Schmidt, na cerimónia de abertura segunda-feira da Trienal da ADEA que decorre na capital burkinabe, Ouagadougou.
Schmidt vê nesta Trienal uma oportunidade para ouvir e responder às expetativas da “Primavera Árabe” e identificar as competências úteis para o desenvolvimento e como construir sistemas educativos capazes de as produzir "em número e qualidade suficientes para responder aos desafios do mundo atual e de África”.
« Os acontecimentos na África do Norte mostram-nos que não basta aprender a ler e escrever », afirma Schmidt, para quem a educação não cria o emprego e não basta para favorecer a inserção no mercado do trabalho desta juventude tida como « o mais precioso dos recursos naturais » que fazem a riqueza de África.
A União Europeia, que parece ter tirado uma lição da « Primavera Árabe », decidiu, através da sua «agenda para a mudança », associar cada vez mais o setor privado, a sociedade civil, as autoridades locais e regionais a formas renovadas da sua parceria com os Estados, e consagrar 20 porcento da ajuda europeia para o período de 2014 a 2020 à inclusão social e ao desenvolvimento humano.
« A comunidade internacional deve agir e respeitar os seus compromissos », recomenda por seu turno a subdiretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para África, Lalla Ben Barka.
Barka precisa que a sua agência, que definiu em 2000 em Dakar (Senegal) “os grandes objetivos humanistas da Educação Para Todos”, está engajada com a ADEA em várias frentes.
Segundo a UNESCO, « a ajuda de emergência à educação aumentou 20 porcento entre 2008 e 2009 para atingir cinco biliões 600 milhões de dólares americanos. Mas faltam ainda 16 biliões de dólares americanos por ano para realizar os objetivos da Educação Para Todos no ensino primário".
Também entre os delegados à Trienal de Ouagadougou, insiste Ben Barka, é consensual a ideia de que a juventude « reclama por competências, aspira a uma vida melhor, coloca desafios colossais » e que « a sua explosão em África torna mais urgente a necessidade de ligar educação, formação e emprego ».
"Nenhum país pode ter todas as respostas, e as Nações Unidas existem para, juntos, fazer face aos défices de acesso à escola, da qualidade da educação e do financiamento", afirmou.
-0- PANA SEI/SSB/IBA/FK/IZ 13fev2012