Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O homem que quase mergulhou a África do Sul numa sangrenta guerra racial, nas vésperas das primeiras eleições democráticas do país, perdeu a sua última tentativa para sair da prisão, depois da rejeição do Supremo Tribunal de Apelação (SCA) do seu pedido de liberdade condicional.
A juíza Elizabeth Kubushi, do Supremo Tribunal de Gauteng, quem rejeitou o pedido de Janusz Walus, disse que não havia perspetivas de sucesso no recurso para o SCA.
Este imigrante polaco assassinou o líder do Partido Comunista sul-africano, Chris Hani, a 10 de abril de 1993, durante negociações tensas para acabar com o apartheid.
O assassinato ocorreu fora da casa de Chris Hani, em Boksburg. Foi atingido por quatro balas.
Um vizinho anotou o número de matrículas do veículo que fugiu do local do crime, o que conduziu assim à captura de Walus. A polícia encontrou uma lista de pessoas alvos, incluindo o nome de Nelson Mandela.
Walus foi condenado à morte, mas, após a abolição da pena capital na África do Sul, a sua sentença foi comutada para prisão perpétua.
Ao negar o seu pedido de liberdade condicional, a juíza Kubushi disse que o seu argumento de que a continuação da sua detenção era um castigo cruel e degradante era inaceitável.
-0- PANA CU/MA/NFB/JSG/DIM/IZ 16abril2021