PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Justiça lança mandado de captura contra genro de ex-Presidente tunisino
Túnis, Tunísia (PANA) - Um mandato de captura foi emitido pela justiça tunisina terça-feira à noite contra Slim Chiboub, genro do Presidente tunisino destituído Zine El Abidine Ben Ali, por abusos de poder e tráfico de influência, segundo o porta-voz do Ministério Público, Sofiène Selliti.
Segundo um dos advogados de Slim Chiboub, a decisão foi tomada pelo juiz de instrução do pólo judicial financeiro que o interrogou num caso relativo a um contrato de consultoria com o grupo industrial francês Alstom.
O advogado Wissam Saidi afirmou que o réu foi transportado para a prisão de Mornag, perto de Túnis. A sua detenção poderá ir até 14 meses, a duração máxima da detenção preventiva.
Empresário e antigo dirigente desportivo, Slim Chiboub, de 55 anos, regressou à Tunísia terça-feira depois de cerca de quatro anos nos Emirados Árabes Unidos, onde se instalou desde a destituição em janeiro de 2011 do regime do antigo Presidente Zine El Abidine Ben Ali, que fugiu para a Arábia Saudita.
Ele veio para contestar dois vereditos pronunciados contra ele por contumácia condenando-o a cinco anos e a um ano de prisão por posse de arma de fogo sem autorização.
"Vou tentar esquecer a página do passado para viver serenamente com a minha família, a minha empresa. Tenho dossiês a encerrar com a justiça e uma vez mais tenho confiança. Vou aceitar as decisões da justiça democrática tunisina", disse o empresário à revista semanal "Jeune Afrique" antes do seu regresso.
Ele afirmou que viajou desde Abou Dhabi a bordo dum avião privado sem passaporte que as autoridades tunisinas recusaram renovar.
À sua chegada, Slim Chiboub foi transportado ao Palácio de Justiça de Túnis onde foi decidida a sua detenção por um tribunal de primeira instância.
Durante a audiência, ele defendeu a sua inocência negando que a arma apreendida com um outro prisioneiro lhe pertencia.
Os seus advogados pediram a libertação do seu cliente e negaram a acusação que qualificaram "sem fundamento" por ser baseada no testemunho dum prisioneiro condenado por atos de vandalismo depois da revolução.
Depois deliberações, o tribunal reduziu a primeira pena para seis meses de prisão efetiva e pronunciou a improcedência no segundo caso.
Slim Chiboub foi processo por vários outros casos de corrupção que estão a ser instruídos. Um deles será julgado a 10 de dezembro, segundo um outro advogado, Zoubair Yahyaoui.
O regresso do genro de Ben Ali acontece enquanto a Tunísia se prepara para eleger domingo próximo um novo Presidente para os próximos cinco anos, menos de um mês após as eleições legislativas ganhas pelo partido laico Nida Tounes (Apelo da Tunísia) que possui várias figuras do antigo regime.
-0- PANA BB/JSG/MAR/TON 19nov2014
Segundo um dos advogados de Slim Chiboub, a decisão foi tomada pelo juiz de instrução do pólo judicial financeiro que o interrogou num caso relativo a um contrato de consultoria com o grupo industrial francês Alstom.
O advogado Wissam Saidi afirmou que o réu foi transportado para a prisão de Mornag, perto de Túnis. A sua detenção poderá ir até 14 meses, a duração máxima da detenção preventiva.
Empresário e antigo dirigente desportivo, Slim Chiboub, de 55 anos, regressou à Tunísia terça-feira depois de cerca de quatro anos nos Emirados Árabes Unidos, onde se instalou desde a destituição em janeiro de 2011 do regime do antigo Presidente Zine El Abidine Ben Ali, que fugiu para a Arábia Saudita.
Ele veio para contestar dois vereditos pronunciados contra ele por contumácia condenando-o a cinco anos e a um ano de prisão por posse de arma de fogo sem autorização.
"Vou tentar esquecer a página do passado para viver serenamente com a minha família, a minha empresa. Tenho dossiês a encerrar com a justiça e uma vez mais tenho confiança. Vou aceitar as decisões da justiça democrática tunisina", disse o empresário à revista semanal "Jeune Afrique" antes do seu regresso.
Ele afirmou que viajou desde Abou Dhabi a bordo dum avião privado sem passaporte que as autoridades tunisinas recusaram renovar.
À sua chegada, Slim Chiboub foi transportado ao Palácio de Justiça de Túnis onde foi decidida a sua detenção por um tribunal de primeira instância.
Durante a audiência, ele defendeu a sua inocência negando que a arma apreendida com um outro prisioneiro lhe pertencia.
Os seus advogados pediram a libertação do seu cliente e negaram a acusação que qualificaram "sem fundamento" por ser baseada no testemunho dum prisioneiro condenado por atos de vandalismo depois da revolução.
Depois deliberações, o tribunal reduziu a primeira pena para seis meses de prisão efetiva e pronunciou a improcedência no segundo caso.
Slim Chiboub foi processo por vários outros casos de corrupção que estão a ser instruídos. Um deles será julgado a 10 de dezembro, segundo um outro advogado, Zoubair Yahyaoui.
O regresso do genro de Ben Ali acontece enquanto a Tunísia se prepara para eleger domingo próximo um novo Presidente para os próximos cinco anos, menos de um mês após as eleições legislativas ganhas pelo partido laico Nida Tounes (Apelo da Tunísia) que possui várias figuras do antigo regime.
-0- PANA BB/JSG/MAR/TON 19nov2014