PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Justiça internacional para assassinato de jornalista burkinabe
Ouagadougou- Burkina Faso (PANA) -- O presidente do Movimento Burkinabe dos Direitos Humanos e Povos (MBDHP), Chrysogone Zougmoré, anunciou domingo em Ouagadougou que a sua organização iria recorrer à justiça internacional para encontrar os autores do assassinato do jornalista Norbert Zongo, fundador do semanário "L'Indépendant", e três dos seus colaboradores a 13 de Dezembro de 1998.
"Tomamos a opção de recorrar às jurisdições internacionais para que justiça seja feita.
Para nós, há um duplo objectivo a adoptar tal procedimento.
No plano interno, a justiça não quer fazer o seu trabalho.
Ela obriga-nos a fazer recurso a jurisdições no plano continental e internacional", disse Zougmoré.
"A justiça burkinabe sabe que as provas estão no relatório do Colégio dos Anciões, mas ela não quer aplicar o Direito", explicou Zougmoré, igualmente presidente do Colectivo das Organizações Democráticas de Massa e Partidos Políticos (CODMPP), criada para reclamar por justiça pelo assassinato de Norbert Zongo.
Zougmoré revelou que os membros do MBDHP desejam igualmente "mostrar ao mundo a verdadeira natureza do regime do Burkina Faso".
"O discurso oficial apresenta o Burkina Faso como um Estado de Direito, um país onde a justiça é independente e funciona correctamente.
É ocasião para nós de mostrar a verdadeira face deste país através desta campanha que levamos a cabo no plano internacional.
Esta campanha vai mostrar que tudo o que se disse a nível oficial não é real", indicou.
Projecções de filmes, debates, concertos de artistas engajados, depósitos de ramos de flores no cemitério do bairro Gounghin, onde estão enterrados os quatro desaparecidos, manifestação nas ruas de Ouagadougou e comícios são as principais actividades organizadas por ocasião da comemoração da morte do jornalista Norbert Zongo.
Segundo os membros do colectivo, o aniversário é celebrado em todo o território nacional e em Koudougou, cidade natal do jornalista, um concerto será animado por artistas engajados.
Para o líder da oposição burkinabe, Bénéwendé Sankara, "não se pode gabar de estar à frente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), fazer facilitação e não fazer justiça no seu país".
Segundo o presidente da Associação dos Jornalistas do Burkina (AJB), Jean Claude Méda, uma petição lançada pelo Centro Nacional de Imprensa Norbert Zongo permitiu recolher mais de 25 mil assinaturas.
Ela foi transmitida à Presidência do Burkina Faso, mas ainda continua sem reacção.
Em Julho de 2008, a justiça burkinabe libertou Marcel Kafando, o único acusado no caso Norbert Zongo, morto em Sapouy, a cerca de 100 quilómetros de Ouagadougou, com três dos seus camaradas.
Eles queimados no seu veículo quando se deslocavam à fazenda do jornalista.
Norbert Zongo praticava um jornalismo de investigação.
Antes da sua morte ele inquiria sobre a morte de David Ouédraogo, motorista de François Compaoré, irmão mais novo do chefe de Estado burkinabe, Blaise Compaoré.
"Tomamos a opção de recorrar às jurisdições internacionais para que justiça seja feita.
Para nós, há um duplo objectivo a adoptar tal procedimento.
No plano interno, a justiça não quer fazer o seu trabalho.
Ela obriga-nos a fazer recurso a jurisdições no plano continental e internacional", disse Zougmoré.
"A justiça burkinabe sabe que as provas estão no relatório do Colégio dos Anciões, mas ela não quer aplicar o Direito", explicou Zougmoré, igualmente presidente do Colectivo das Organizações Democráticas de Massa e Partidos Políticos (CODMPP), criada para reclamar por justiça pelo assassinato de Norbert Zongo.
Zougmoré revelou que os membros do MBDHP desejam igualmente "mostrar ao mundo a verdadeira natureza do regime do Burkina Faso".
"O discurso oficial apresenta o Burkina Faso como um Estado de Direito, um país onde a justiça é independente e funciona correctamente.
É ocasião para nós de mostrar a verdadeira face deste país através desta campanha que levamos a cabo no plano internacional.
Esta campanha vai mostrar que tudo o que se disse a nível oficial não é real", indicou.
Projecções de filmes, debates, concertos de artistas engajados, depósitos de ramos de flores no cemitério do bairro Gounghin, onde estão enterrados os quatro desaparecidos, manifestação nas ruas de Ouagadougou e comícios são as principais actividades organizadas por ocasião da comemoração da morte do jornalista Norbert Zongo.
Segundo os membros do colectivo, o aniversário é celebrado em todo o território nacional e em Koudougou, cidade natal do jornalista, um concerto será animado por artistas engajados.
Para o líder da oposição burkinabe, Bénéwendé Sankara, "não se pode gabar de estar à frente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), fazer facilitação e não fazer justiça no seu país".
Segundo o presidente da Associação dos Jornalistas do Burkina (AJB), Jean Claude Méda, uma petição lançada pelo Centro Nacional de Imprensa Norbert Zongo permitiu recolher mais de 25 mil assinaturas.
Ela foi transmitida à Presidência do Burkina Faso, mas ainda continua sem reacção.
Em Julho de 2008, a justiça burkinabe libertou Marcel Kafando, o único acusado no caso Norbert Zongo, morto em Sapouy, a cerca de 100 quilómetros de Ouagadougou, com três dos seus camaradas.
Eles queimados no seu veículo quando se deslocavam à fazenda do jornalista.
Norbert Zongo praticava um jornalismo de investigação.
Antes da sua morte ele inquiria sobre a morte de David Ouédraogo, motorista de François Compaoré, irmão mais novo do chefe de Estado burkinabe, Blaise Compaoré.