Yaoundé, Camarões (PANA) - O Tribunal de Apelação do Centro, na capital camaronesa, Yaoundé, iniciou esta terça-feira o julgamento do opositor maurice Kamto, presidente do Movimento para o Renascimento dos Camarões (MRC), por alegada rebelião, perturbação da ordem pública e incitação à insurreição.
Neste julgamento, Kamto reponde juntamente com mais de uma centena de membros da sua formação política todos detidos após a célebre "marcha branca" de 26 de janeiro passado, que as autoridades consideraram "ilegal".
Depois de transferidos para a Prisão Central de Kodengui, a 13 de fevereiro último, Maurice Kamto e 145 apoiantes seus foram colocados em prisão preventiva pelo juiz da instrução do Tribunal Militar de Yaoundé.
Os detidos, incluindo a advogada Michèle Ndoki; o conselho da Presidência da República, Christian Penda Ekoka; os políticos Paul-Eric Kingue, Albert Dzongang, Célestin Djamen e o rapper Valsero, entre outros, estão igualmente acusados da prática dos crimes de "rebelião em grupo, hostilidade contra a pátria, perturbação da ordem pública e incitação à insurreição".
Maurice Kamto, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais de 7 de outubro último, de acordo com os resultados do Conselho Constitucional, continua a reivindicar a sua vitória e a denunciar fraude eleitoral.
-0- PANA EB/DIM/IZ 02abril2019
