Agência Panafricana de Notícias

Junta propõe período de 39 meses de transição na Guiné Conakry

Conakry, Guiné-Conakry (PANA)  - O líder da junta na Guiné Conakry, o coronel Mamadi Doumbouya, no poder desde 05 de setembro último, afirmou  sábado, propor ao Conselho Nacional da Transição (CNT) um período de transição de 39 meses, soube a PANA de fonte oficial.

Numa mensagem lida na Rádio e Televisão Nacionais, o  Comité Nacional da Mobilização para o Desenvolvimento (CNRD, junta militar) e o Governo disseram submeter ao CNT, que desempenha o papel de Parlamento, esta proposta fruto de largas e pacientes concertações.

"De todas a consultas realizadas a todos os níveis, desde o início da Transição, com todas as componentes da nação,  junto de todos os Guineenses em toda parte onde se encontrem, resultou uma proposta mediana de uma duração consensual da transição de 39 meses", lê-se no documento.

Os partidos poliicos, reunidos em largas coligações, desprezadas, no entanto, por algumas grandes formações, foram chamados pelos poderes públicos a fazer propostas sobre a duração da transição.

A Transição em curso tem por finalidade, convenhamos todos, restaurar, reforçar a democracia e o Estado de Direito, e restabelecer todos os fundamentos da República e da nação.

"Eu não decido sozinho. Ajo com todo o mundo. Por isso, houve sucessivamente, jornadas nacionais de concertação, sessões nacionais de diálogo e, agora, o quadro de concertação e diálogo que acabam de expor suas conclusões provisórias”, explicou o Coronel Doumbouya.

É a vontade da maioria que lida com contradições, bem como a do povo soberano vocacionado para unir todos e impor-se a cada um, sublinhou.

"A democracia tem as suas regras e exigências, nomeadamente a de consultar o povo, cada vez que isso for necessário, e ouvi-lo a fim de conhecer as suas aspirações profundas e ter isso em conta. É a escolha que nós fizemos. Isso representa também a nossa iniciativa e a preocupação de todos os dias”, afirmou.

É o momento e a ocasião de lembrar a todos que entre Guineenses de boa fé e patriotas, nós podemos encontrar soluções apropriadas para todos os nossos problemas, mesmo os que pareçam sem soluções.

"Nós estamos abertos para o diálogo sobre todas as questões relativas à vida do nosso país e o seu futuro", insistiu o lider guineense, acrescentando que este exercício democrático exclui totalmente egos e ambições pessoais.

Disse que, juntos, os Guineenses podem mudar o seu país, enfrentar os desafios que lhes incumbem, refundar o seu Estado e a sua nação.

"É juntos que nós conseguiremos. Nós devemo-lo aos nossos antepassados, mas também aos nossos filhos”, concluiu.

O período de 39 meses para a duração da transição, lembre-se, iniciar-se-á em junho próximo.

-0- PANA AC/IS/FK/DD 01maio2022