Junta militar na Guiné Conakry reitera apoio ao Mali sujeito a sanções da CEDEAO
Conaky, Guiné (PANA) - O Presidente da Transição na Guiné, o coronel Mamadi Doumbouya, reiterou quinta-feira o seu apoio ao Mali e a sua decisão de não fechar a sua fronteira comum com o seu vizinho, afetado por várias medidas da última cimeira dos chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) da qual os dois países são membros.
De acordo com o comunicado final do Conselho de Ministros, o Governo guineense decidiu manter a abertura das fronteiras com a República do Mali, o que deverá permitir “reforçar os laços seculares de amizade entre a República irmã do Mali e a Guiné Conakry.”
O líder da junta indicou igualmente que, devido à evolução da situação, várias medidas estão a ser estudadas para facilitar a mobilidade de pessoas e dos seus bens com segurança.
Algumas horas após o anúncio das medidas tomadas contra o Mali, o Governo guineense declarou não se solidarizar com a decisão da instituição sub-regional, frisando que as fronteiras terrestres e aéreas do país permanecerão abertas aos países amigos.
Assim sendo, o Mali, país isolado e cuja maior parte das importações e exportações transitava pelos portos autónomos de Dakar (Senegal) e Abidjan (Côte d'Ivoire), vai virar-se para os portos da Guiné, bem como os da Mauritânia e da Argélia, ambas fronteiriças do território maliano.
Além disso, o ministro maliano dos Negócios Estrangeiros, Abdoulaye Diop, sublinha uma fonte segura, é esperado nos próximos dias na capital guneense, Conakry, com uma mensagem do Presidente da Transição, o coronel Assimi Goita, ao seu homólogo guineense, o coronel Mamadi Doumbouya.
-0- PANA AC/JSG/SOC/FK/DD 14jan2022