Junta militar escolhe diplomata como primeiro-ministro na Guiné-Conakry
Conakry, Guiné (PANA) - O presidente de transição guineense, coronel Mamadi Doumbouya, nomeou quarta-feira o diplomata Mohamed Béavogui primeiro-ministro e chefe do Governo da transição, cuja duração ainda não foi precisada.
Béavogui é filho de um ex-diplomata, originário do sul da Guiné-Conakry, e também sobrinho do falecido Diallo Téli, primeiro secretário-geral da Organização da Unidade Africana (OUA), um dos fundadores da União Africana (UA).
Baseado desde janeiro de 2015, em Joanesburgo, na África do Sul, como diretor-geral da Agência Africana de Capacitação, o novo primeiro-ministro passou 30 anos no sistema das Nações Unidas, depois de uma breve passagem pelo serviço público do seu país, em 1980.
A sua carreira internacional começou, em 1982 até 1986, em Ibadan, na Nigéria, depois de vencer um concurso das Nações Unidas para o cargo de engenheiro no Centro Regional Africano de Desenho e Engenharia.
Em 1986, foi recrutado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) como Conselheiro Técnico e, em seguida, Oficial Sénior de Programa, antes de ser transferido, em 1992, para a sede do FAO, em Roma, na Itália onde se tornou responsável sénior de programa.
Ele foi contratado, em 2001, pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) como diretor regional de Operações para a África Ocidental e Central, e mais tarde diretor de Parceria e Mobilização de Recursos e Conselheiro do Presidente do FIDA.
Durante a sangrenta greve dos sindicalistas, em 2007, reprimida pela Polícia, que quase venceu o regime do falecido Presidente Lansana Conté, o funcionário das Nações Unidas figurava na lista restrita dos candidatos ao cargo de primeiro-ministro que acabou por ficar com outro diplomata, Lansana Kouyaté.
O novo primeiro-ministro formará brevemente a sua equipa que, segundo algumas fontes, incluirá vários nacionais a trabalhar em instituições no estrangeiro.
-0- PANA AC/JSG/MAR/IZ 7out2021