Julgamento por corrupção de Zuma adiado devido à Covid-19
Cabo, África do Sul (PANA) – O juiz-presidente do Tribunal Supremo, Mjabuliseni Madondo, aceitou, segunda-feira, adiar para 23 de junho próximo o julgamento do ex- Presidente sul-africano, Jacob Zuma.
O julgamento por corrupção ligado ao tráfico de armas de vários milhões de dólares americanos na África do Sul, nos anos 1990, relacionado com Zuma, devia arrancar quinta-feira última em Pietermaritzburgo.
Natasha Madondo, porta-voz da Autoridade Nacional das Perseguições do KwaZulu Natal, citou a pandemia de coronavírus para explicar este atraso, e afirmou que as restrições de viagem e de comparecimento no tribunal estão na base deste adiamento.
Zuma contratou um brilhante advogado, Muzi Sikhakhane, para o julgamento sobre mais de 783 pagamentos recebidos duma empresa ligada a um gigantesto mercado de armas que permitiu ao Exército sul-africano adquirir aviões de reação, navios e submarinos.
A equipa jurídica de Zuma depositou documentos no Tribunal de Apelação no final do ano transato, com vista a obter o direito de interpor recurso contra uma decisão que o impede de beneficiar duma suspensão permanente das perseguições por corrupção, no quadro do mercado de armas e de vários milhões de dólares americanos a ele ligados.
O pedido de Zuma baseou-se no facto de que, devido ao atraso injustificado na abertura do processo, não seria possível beneficiar dum julgamento equitativo.
-0- PANA CU/VAO/ASA/IS/MAR/DD 05maio2020