Agência Panafricana de Notícias

Julgamento de irmão do Presidente togolês adiado para 6 de setembro

Lomé,Togo (PANA) – O julgamento de Kpatcha Gnassingbé, meio-irmão do chefe de Estado togolês Faure Gnassingbé, e seus presumíveis cúmplices, acusados de tentativa de atentado contra a segurança do Estado, foi adiado para 6 de setembro, constatou a PANA no local.

As audiências deviam iniciar-se esta quinta-feira, mas os advogados de defesa pediram ao Tribunal o adiamento alegadamente para melhor preparem o processo pois, disseram, o réu Kpatcha Gnassingbé, principal acusado, não teve acesso imediato aos seus advogados alguns dos quais estrangeiros que tiveram conhecimento da data do julgamento "muito tarde".

Trinta e duas pessoas, incluindo Kpatcha Gnassingbé, ex-ministro togolês da Defesa e ex-deputado à Assembleia Nacional; e o general Assani Tidjani, muito influente na era do Presidente Eyadéma Gnassingbé (pai de Faure Gnassingbé), ex-chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Togolesas (FAT) e ex-ministro da Defesa, chegaram algemados, o que surpreendeu um público numeroso que vinha assistir ao julgamento.

Além destes dois inculpados, fazem igualmente parte da lista dois membros da família Gnassingbé, designadamente Essolizam Gnassingbé e Julien Gnassingbé, bem como outras figuras civis e militares acusadas de cumplicidade com Kpatcha Gnassingbé.

A sua chegada ao Palácio de Justiça e a sua partida foram verdadeiros espetáculos. Colocados dentro de mini-autocarros, os acusados foram escoltados por motoqueiros e outros veículos da Polícia e da Gendarmaria com o apoio de outras unidades especiais muito bem armadas.

Todas as imediações do Palácio de Justiça foram cercadas ao passo que polícias, gendarmes e unidades especiais do Exército estavam posicionados um pouco por todo o lado para garantir a segurança do local.

A 12 de abril de 2009, recorde-se, Kpatcha Gnassingbé foi detido diante da Embaixada dos Estados Unidos em Lomé, onde tentava pedir asílio após um ataque contra o seu domicílio.

Ele e os seus presumíveis cúmplices são processados por "tentativa de atentado contra a segurança do Estado, associação de malfeitores, rebelião, violência voluntária e cumplicidade".

-0- PANA FAA/TBM/IBA/CJB/DD 01set2011