PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Julgamento de ex-Presidente tchadiano adiado para 7 de setembro
Dakar, Senegal (PANA) – O presidente da Câmara Africana Extraordinária (CAE), Gberdao Gustave Kam, declarou esta terça-feira em Dakar que processo do ex-Presidente do Tchad, Hissène Habré, vai retomar a 7 de setembro próximo.
Esta decisão segue-se à recusa de Hissène Habré de comparecer diante dos juízes da CAE que tomaram a iniciativa de escolher três advogados para assistir o réu durante todo o julgamento.
A pedido dos advogados que foram escolhidos, os juízes da CAE afirmaram ser razoável
dar-lhes um prazo de 45 dias para lhes permitir apropriar-se do dossiê.
Deplorando esta decisão, o coletivo dos advogados dos queixosos qualificou-lhe de usurpadora por parte da defesa de Hissène Habré e apelou a Gberdao para tomar consciência a fim de interrogar como convém ao ex-Presidente tchadiano recusar ou aceitar os seus advogados.
« Nós deploramos profundamente. Uma decisão poderá influenciar na tentativa de sabotar, paralisar uma justiça da qual se receia o veredito que a ameaça. A probabilidade é forte de Hissène Habré nos dizer que já não quer os seus advogados e isto será uma perda para todo o mundo. A justiça deve exprimir-se”, indicou William Bourbon, representante dos advogados das vítimas.
Ao partilhar as mesmas preocupações dos queixosos, o procurador-geral das CAE, Mbacké Fall, lembrou que o acusado nunca quis colaborar com a justiça e não quer entrar em contacto com os seus advogados e dar-lhes instruções.
Segundo o presidente da CAE, a responsabilidade dos advogados escolhidos é velar por que a justiça seja feita para um julgamento equitativo.
« Queremos um julgamento equitativo. Nós achamos que precisamos de um julgamento equitativo durante o qual as regras de direito serão respeitadas”, concluiu.
Acusado de crime contra a humanidade, tortura e crimes de guerra, Hissène Habré dirigiu o Tchad de 1982 a 1990 antes de ser destituído pelo atual Presidente tchadiano, Idriss Déby, e refugiou-se no Senegal.
A 2 de julho de 2013, ele foi inculpado e colocado em detenção preventiva na Cadeia de Dakar por « crimes contra a humanidade, torturas e crimes de guerra ».
Desde o início do julgamento, o ex-Presidente tchadiano contesta as CAE criadas pelo Senegal e pela União Africana (UA).
-0- PANA KAN/IS/FK/TON 21julho2015
Esta decisão segue-se à recusa de Hissène Habré de comparecer diante dos juízes da CAE que tomaram a iniciativa de escolher três advogados para assistir o réu durante todo o julgamento.
A pedido dos advogados que foram escolhidos, os juízes da CAE afirmaram ser razoável
dar-lhes um prazo de 45 dias para lhes permitir apropriar-se do dossiê.
Deplorando esta decisão, o coletivo dos advogados dos queixosos qualificou-lhe de usurpadora por parte da defesa de Hissène Habré e apelou a Gberdao para tomar consciência a fim de interrogar como convém ao ex-Presidente tchadiano recusar ou aceitar os seus advogados.
« Nós deploramos profundamente. Uma decisão poderá influenciar na tentativa de sabotar, paralisar uma justiça da qual se receia o veredito que a ameaça. A probabilidade é forte de Hissène Habré nos dizer que já não quer os seus advogados e isto será uma perda para todo o mundo. A justiça deve exprimir-se”, indicou William Bourbon, representante dos advogados das vítimas.
Ao partilhar as mesmas preocupações dos queixosos, o procurador-geral das CAE, Mbacké Fall, lembrou que o acusado nunca quis colaborar com a justiça e não quer entrar em contacto com os seus advogados e dar-lhes instruções.
Segundo o presidente da CAE, a responsabilidade dos advogados escolhidos é velar por que a justiça seja feita para um julgamento equitativo.
« Queremos um julgamento equitativo. Nós achamos que precisamos de um julgamento equitativo durante o qual as regras de direito serão respeitadas”, concluiu.
Acusado de crime contra a humanidade, tortura e crimes de guerra, Hissène Habré dirigiu o Tchad de 1982 a 1990 antes de ser destituído pelo atual Presidente tchadiano, Idriss Déby, e refugiou-se no Senegal.
A 2 de julho de 2013, ele foi inculpado e colocado em detenção preventiva na Cadeia de Dakar por « crimes contra a humanidade, torturas e crimes de guerra ».
Desde o início do julgamento, o ex-Presidente tchadiano contesta as CAE criadas pelo Senegal e pela União Africana (UA).
-0- PANA KAN/IS/FK/TON 21julho2015