Julgamento de ex-Presidente sul-africano adiado para setembro
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O tribunal de Pietermaritzburg adiou para 09 de setembro próximo o julgamento por corrupção do ex-Presidente sul-africano, Jacob Zuma, por motivo de doença deste último.
Na semana passada, o tribunal decidiu que o julgamento de Zuma aconteceria de forma presencial esta semana, depois da sua recusa para participar virtualmente a partir da sua prisão.
Os advogados do ex-chefe de Estado argumentaram que a proposta do tribunal de que o julgamento de Zuma por corrupção num contrato de compra de armas seja conduzido virtualmente viola os seus direitos a um julgamento equitativo.
Zuma teria contraído uma "lesão traumática", no ano passado, que agora requer "tratamento de emergência aprofundado".
Segundo o seu advogado Daliu Mpofu, o estado de saúde do ex-Presidente "depende do respeito pela ética médica".
Os médicos que tratam Zuma serão obrigados a apresentar um relatório sobre o seu estado de saúde, até 20 de agosto corrente, e o estado recebeu permissão para nomear um médico para o examinar e determinar a sua aptidão para ser julgado.
Em maio passado, Zuma declarou-se inocente das acusações de suborno, fraude, extorsão e lavagem de dinheiro relacionadas a um contrato de armamento de vários milhões de dólares americanos, nos anos 1990.
Ele provocou indignação geral, em novembro passado, depois de abandonar o tribunal sem permissão do juiz Raymond Zondo, que investiga sobre alegações de captura do Estado durante os nove anos da Presidência de Zuma.
Zondo pediu ao tribunal que Zuma fosse condenado a dois anos de prisão.
Mas, o ex-Presidente atacou duramente o Tribunal Constitucional e todo o sistema judicial, denunciando "uma ditadura judicial" que ameaça a estabilidade do país.
-0- PANA CU/MA/NFB/JSG/MAR/IZ 11ago2021