PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jornalistas denunciam tentativa de instrumentalizar comunicação social em Cabo Verde
Praia,Cabo Verde (PANA) - A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) repudiou, quinta-feira, uma tentativa, por parte do ministro da Cultura e das Industrias Criativas, Abraão Vicente, de instrumentalizar o setor público da comunicação social, indica um comunicado da referida instituição publicado no mesmo dia.
"foi com estupefação que a direção da associação constatou, através de publicações na rede social Facebook e em declarações à imprensa, que o ministro da Cultura e Indústrias Criativas considera ser da sua competência dar orientações diretas para a formatação dos conteúdos dos órgãos públicos e supervisionar o trabalho dos profissionais", lê-se na nota assinada pelo presidente da AJOC, Carla Lima.
“O outro lado do MCIC: RTC Canal público de Comunicação Social! Estamos prontos para levar a todos os Cabo-verdianos o grande desfile de carnaval em direto do Mindelo. Garantimos também cobertura com reportagens em todos os outros municípios!”, lê-se num post publicado pelo ministro da Cultura a 1 de março corrente no Facebook, sobre a cobertura do carnaval de São Vicente, pela Televisão de Cabo Verde (TCV).
A organização sindical do jornalistas cabo-verdiano considerou isto uma interferência do governante na definição dos conteúdos a imprensa pública, advertindo que, diante disto, ela vai pedir a intervenção das autoridades competentes nesta matéria para reporem a normalidade nos órgãos da comunicação social publica de Cabo Verde.
“A AJOCV vai pedir às autoridades competentes e que actuam na defesa dos direitos, liberdades e garantias estatuídos na Constituição da República, que ponham cobro a esta atitude de permanente confrontação, de desrespeito da classe jornalística, de violação de princípios constitucional e legalmente consagrados", lê-se no comunicado assinado pela presidente Carlos Lima.
Desta denúncia constam igualmente ameaças veladas e diretas, tentativas de desestabilização, de assédio moral e apoucamento dos profissionais do jornalismo cabo-verdiano, que o ministro Abraão Vicente vem demonstrando desde que assumiu o cargo.
O documento assinala que, para fazer valer a sua posição, a AJOC pretende fazer diligências no sentido de levar as suas preocupações às mais altas instâncias legais e políticas da República, pedindo-lhes que digam à sociedade quais são os seus entendimentos em relação às situações agora denunciadas.
“A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde vai, assim, em conformidade com as posições assumidas e guiada pelas preocupações expressas no presente comunicado, e para os efeitos acima enunciados, solicitar audiências com o Presidente da República, o Provedor de Justiça, a Procuradoria-Geral da República, o presidente da Assembleia Nacional e as lideranças dos Grupos Parlamentares na Assembleia Nacional”, de acordo com a nota.
A AJOC adverte ainda que vai fazer chegar uma exposição sobre a matéria aos organismos internacionais de defesa dos jornalistas e da Liberdade de Imprensa, nomeadamente a Federação Internacional dos Jornalistas e a organização Repórteres Sem Fronteiras, além de congéneres de vários países e das agências internacionais que regularmente estabelecem a lista de predadores das liberdades dos jornalistas.
Essas liberdades constituem a sua causa primordial e estarei sempre disponível para lutar para que as mesmas continuem a ser uma conquista de todos Cabo-verdianos, disse.
“A AJOC apela a todos os jornalistas para que não se deixem intimidar e continuem a fazer o seu trabalho, respeitando as regras do código deontológico da profissão, cientes de que esta será a melhor forma de servir a sociedade de que fazem parte”, concluiu a associação no comunicado.
-0- PANA CS/DD 03mar2017
"foi com estupefação que a direção da associação constatou, através de publicações na rede social Facebook e em declarações à imprensa, que o ministro da Cultura e Indústrias Criativas considera ser da sua competência dar orientações diretas para a formatação dos conteúdos dos órgãos públicos e supervisionar o trabalho dos profissionais", lê-se na nota assinada pelo presidente da AJOC, Carla Lima.
“O outro lado do MCIC: RTC Canal público de Comunicação Social! Estamos prontos para levar a todos os Cabo-verdianos o grande desfile de carnaval em direto do Mindelo. Garantimos também cobertura com reportagens em todos os outros municípios!”, lê-se num post publicado pelo ministro da Cultura a 1 de março corrente no Facebook, sobre a cobertura do carnaval de São Vicente, pela Televisão de Cabo Verde (TCV).
A organização sindical do jornalistas cabo-verdiano considerou isto uma interferência do governante na definição dos conteúdos a imprensa pública, advertindo que, diante disto, ela vai pedir a intervenção das autoridades competentes nesta matéria para reporem a normalidade nos órgãos da comunicação social publica de Cabo Verde.
“A AJOCV vai pedir às autoridades competentes e que actuam na defesa dos direitos, liberdades e garantias estatuídos na Constituição da República, que ponham cobro a esta atitude de permanente confrontação, de desrespeito da classe jornalística, de violação de princípios constitucional e legalmente consagrados", lê-se no comunicado assinado pela presidente Carlos Lima.
Desta denúncia constam igualmente ameaças veladas e diretas, tentativas de desestabilização, de assédio moral e apoucamento dos profissionais do jornalismo cabo-verdiano, que o ministro Abraão Vicente vem demonstrando desde que assumiu o cargo.
O documento assinala que, para fazer valer a sua posição, a AJOC pretende fazer diligências no sentido de levar as suas preocupações às mais altas instâncias legais e políticas da República, pedindo-lhes que digam à sociedade quais são os seus entendimentos em relação às situações agora denunciadas.
“A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde vai, assim, em conformidade com as posições assumidas e guiada pelas preocupações expressas no presente comunicado, e para os efeitos acima enunciados, solicitar audiências com o Presidente da República, o Provedor de Justiça, a Procuradoria-Geral da República, o presidente da Assembleia Nacional e as lideranças dos Grupos Parlamentares na Assembleia Nacional”, de acordo com a nota.
A AJOC adverte ainda que vai fazer chegar uma exposição sobre a matéria aos organismos internacionais de defesa dos jornalistas e da Liberdade de Imprensa, nomeadamente a Federação Internacional dos Jornalistas e a organização Repórteres Sem Fronteiras, além de congéneres de vários países e das agências internacionais que regularmente estabelecem a lista de predadores das liberdades dos jornalistas.
Essas liberdades constituem a sua causa primordial e estarei sempre disponível para lutar para que as mesmas continuem a ser uma conquista de todos Cabo-verdianos, disse.
“A AJOC apela a todos os jornalistas para que não se deixem intimidar e continuem a fazer o seu trabalho, respeitando as regras do código deontológico da profissão, cientes de que esta será a melhor forma de servir a sociedade de que fazem parte”, concluiu a associação no comunicado.
-0- PANA CS/DD 03mar2017