PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jornalistas cabo-verdianos “estupfactos” com declarações de Presidente da Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) - A Associação de Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) manifestou, esta quarta-feira, "estupefação" face às declarações do Presidente de Guiné-Bissau que pediu aos jornalistas bissau-guineenses que seguissem o exemplo dos seus colegas cabo-verdianos que “fazem censura aos discursos potencialmente prejudiciais à imagem do país”.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde, a presidente da AJOC, Carla Lima, classificou como "extremamente infelizes" as declarações de José Mário Vaz feitas segunda-feira, considerando que elas revelam desconhecimento da imprensa cabo-verdiana.
"A nossa primeira reação foi de estupefação. Para o Presidente da Guiné-Bissau ter feito estas declarações só poderemos considerar que não conhece Cabo Verde, não conhece os Cabo-verdianos e muito menos a imprensa cabo-verdiana", precisou Carla Lima.
A presidente da AJOC acrescentou que as declarações de José Mário Vaz revelam desconhecimento sobre "o trabalho que é feito há muito tempo pela classe jornalística, pela associação que representa a classe na promoção da liberdade de imprensa e pelas lutas travadas pelos jornalistas para terem liberdade de fazer o seu trabalho sem condicionalismos".
"Foi extremamente infeliz ao citar Cabo Verde e os jornalistas cabo-verdianos. Esperemos que a partir daqui possa acompanhar com maior atenção o que se faz em Cabo Verde para perceber que os jornalistas cabo-verdianos não estão, nem nunca estiveram, dispostos a serem censurados por quem quer que seja", reforçou.
Carla Lima disse ainda que gostaria de ouvir outras vozes de repúdio à posição do chefe de Estado da Guiné-Bissau.
"Esta é uma questão que todos os Cabo-verdianos deviam lamentar e repudiar, que o nome do país, dos jornalistas, dos Cabo-verdianos esteja a ser envolvido em algo que é conotado com autocensura por parte de um chefe de Estado de outro país", afirmou.
O Presidente José Mário Vaz exortou os jornalistas guineenses a contribuírem para a construção do país, evitando passar mensagens que ponham em causa o país.
"Aos jornalistas vou pedir só uma coisa. Vamos fazer como faz Cabo Verde. Se eu falar coisas que coloquem a Guiné-Bissau mal lá fora, cortem", afirmou José Mário Vaz.
As declarações do chefe de Estado bissau-guineense surgem depois de o Governo local ter mandado suspender as emissões no país, com efeitos a partir de sexta-feira próxima, da RTP e RDP-África, estações emissoras portuguesa da televisão e da rádio.
-0- PANA CS/IZ 28junho2017
Em declarações à Rádio de Cabo Verde, a presidente da AJOC, Carla Lima, classificou como "extremamente infelizes" as declarações de José Mário Vaz feitas segunda-feira, considerando que elas revelam desconhecimento da imprensa cabo-verdiana.
"A nossa primeira reação foi de estupefação. Para o Presidente da Guiné-Bissau ter feito estas declarações só poderemos considerar que não conhece Cabo Verde, não conhece os Cabo-verdianos e muito menos a imprensa cabo-verdiana", precisou Carla Lima.
A presidente da AJOC acrescentou que as declarações de José Mário Vaz revelam desconhecimento sobre "o trabalho que é feito há muito tempo pela classe jornalística, pela associação que representa a classe na promoção da liberdade de imprensa e pelas lutas travadas pelos jornalistas para terem liberdade de fazer o seu trabalho sem condicionalismos".
"Foi extremamente infeliz ao citar Cabo Verde e os jornalistas cabo-verdianos. Esperemos que a partir daqui possa acompanhar com maior atenção o que se faz em Cabo Verde para perceber que os jornalistas cabo-verdianos não estão, nem nunca estiveram, dispostos a serem censurados por quem quer que seja", reforçou.
Carla Lima disse ainda que gostaria de ouvir outras vozes de repúdio à posição do chefe de Estado da Guiné-Bissau.
"Esta é uma questão que todos os Cabo-verdianos deviam lamentar e repudiar, que o nome do país, dos jornalistas, dos Cabo-verdianos esteja a ser envolvido em algo que é conotado com autocensura por parte de um chefe de Estado de outro país", afirmou.
O Presidente José Mário Vaz exortou os jornalistas guineenses a contribuírem para a construção do país, evitando passar mensagens que ponham em causa o país.
"Aos jornalistas vou pedir só uma coisa. Vamos fazer como faz Cabo Verde. Se eu falar coisas que coloquem a Guiné-Bissau mal lá fora, cortem", afirmou José Mário Vaz.
As declarações do chefe de Estado bissau-guineense surgem depois de o Governo local ter mandado suspender as emissões no país, com efeitos a partir de sexta-feira próxima, da RTP e RDP-África, estações emissoras portuguesa da televisão e da rádio.
-0- PANA CS/IZ 28junho2017