PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jornalistas ameaçados por denúncia de detenção de colegas na Eritreia
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – Uma jornalista sediada na Suécia foi ameaçada publicamente por ter realizado uma reportagem sobre o caso de Dawit Isaac, um jornalista sueco-eritreu aprisionado na Eritreia sem julgamento há quase uma década, indica um comunicado do Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ) recebido terça-feira pela PANA em Nova Iorque.
O comunicado acrescenta que, na véspera em Nova Iorque, os guarda-costas do Presidente eritreu Isaias Afewerki empurraram e ameaçaram dois jornalistas suecos que tentavam falar com o Presidente sobre o caso de Isaac.
Sexta-feira passada, Meron Estefanos, um contribuinte no site de informação da diáspora eritreia, Asmarino, foi atacado por Tedros Isaac, um irmão do jornalista detido cujo apoio a Afewerki é bem conhecido, após um fórum público sobre o caso de Dawit Isaac na Feira do Livro de Gothenburg na Suécia.
« Se me citar e escrever sobre a família de Dawit Isaac mais uma vez vou matar-lhe», declarou Tedros Isaac, cujas declarações foram retomadas pela Rádio sueca SR, dirigindo a Estefanos.
Num artigo divulgado em 2010 no site Asmarino, Estefanos escreveu sobre as profundas divergências políticas que dividiram as famílias eritreias entre apoiantes e opositores governamentais.
Ele contrastou o apoio de Tedros Isaac ao Governo que deteve o seu irmão à campanha intensiva para a libertação do jornalista levada a cabo por outros dos seus irmãos.
O jornal sueco Expressen relatou sexta-feira que Estefanos fez uma declaração na Polícia e citou Thomas Fuxborg, um polícia local, como tendo indicado que um relatório de inquérito preliminar foi redigido.
A confrontação entre os dois homens teve lugar por ocasião do 10º aniversário da detenção de Isaac a 23 de setembro de 2001.
Preso no quadro duma larga repressão do jornalismo independente, ele está detido sem julgamento desde então, com apenas um breve contacto com a sua família em 2005, segundo o CPJ.
Estefanos, que se exprimiu no fórum de sexta-feira, é um dos principais ativistas na Suécia que fazem campanha para a libertação de Isaac e outros prisioneiros políticos na Eritreia, segundo o CPJ.
Pelo menos 17 jornalistas estão atualmente detidos nas prisões eritreias.
Um comunicado da Feira do Livro de Gotheburg e assinado pelos laureados do Nobel, Mario Vargas Llosa e Hera Muller, bem como John Ralston Saul, presidente de PEN International, apelou à Suécia e à União Europeia para pressionarem a Eritreia a libertar Isaac.
O CPJ indica que o Governo eritreu utiliza agentes e mandatários para intimidar os jornalistas eritreus exilados.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 27set2011
O comunicado acrescenta que, na véspera em Nova Iorque, os guarda-costas do Presidente eritreu Isaias Afewerki empurraram e ameaçaram dois jornalistas suecos que tentavam falar com o Presidente sobre o caso de Isaac.
Sexta-feira passada, Meron Estefanos, um contribuinte no site de informação da diáspora eritreia, Asmarino, foi atacado por Tedros Isaac, um irmão do jornalista detido cujo apoio a Afewerki é bem conhecido, após um fórum público sobre o caso de Dawit Isaac na Feira do Livro de Gothenburg na Suécia.
« Se me citar e escrever sobre a família de Dawit Isaac mais uma vez vou matar-lhe», declarou Tedros Isaac, cujas declarações foram retomadas pela Rádio sueca SR, dirigindo a Estefanos.
Num artigo divulgado em 2010 no site Asmarino, Estefanos escreveu sobre as profundas divergências políticas que dividiram as famílias eritreias entre apoiantes e opositores governamentais.
Ele contrastou o apoio de Tedros Isaac ao Governo que deteve o seu irmão à campanha intensiva para a libertação do jornalista levada a cabo por outros dos seus irmãos.
O jornal sueco Expressen relatou sexta-feira que Estefanos fez uma declaração na Polícia e citou Thomas Fuxborg, um polícia local, como tendo indicado que um relatório de inquérito preliminar foi redigido.
A confrontação entre os dois homens teve lugar por ocasião do 10º aniversário da detenção de Isaac a 23 de setembro de 2001.
Preso no quadro duma larga repressão do jornalismo independente, ele está detido sem julgamento desde então, com apenas um breve contacto com a sua família em 2005, segundo o CPJ.
Estefanos, que se exprimiu no fórum de sexta-feira, é um dos principais ativistas na Suécia que fazem campanha para a libertação de Isaac e outros prisioneiros políticos na Eritreia, segundo o CPJ.
Pelo menos 17 jornalistas estão atualmente detidos nas prisões eritreias.
Um comunicado da Feira do Livro de Gotheburg e assinado pelos laureados do Nobel, Mario Vargas Llosa e Hera Muller, bem como John Ralston Saul, presidente de PEN International, apelou à Suécia e à União Europeia para pressionarem a Eritreia a libertar Isaac.
O CPJ indica que o Governo eritreu utiliza agentes e mandatários para intimidar os jornalistas eritreus exilados.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 27set2011