Agência Panafricana de Notícias

Jornalista somalí morto em Mogadíscio, segundo CPJ

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- O jornalista somalí Barkhat Awale foi morto terça-feira em Mogadíscio por uma bala perdida, segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sediado em Nova Iorque.
Segundo o CPJ, Awale, de 60 anos de idade, é o segundo jornalista morto na Somália este ano.
Um comunicado do CPJ indica que Barkhat Awale, diretor da rádio comunitária Hurma Radio, estava no terraço do imóvel da sua estação radiofónica, para ajudar um técnico a reparar o transmissor da rádio, quando uma bala perdida o atingiu no estômago.
Os seus colegas transportaram-no rapidamente para o Madina Hospital onde a sua morte foi constatada à sua chegada.
A morte de Awale ocorreu durante um dos confrontos mais intensos entre os insurretos da milícia Al-Shabaab e soldados da União Africana.
Na manhã de terça-feira, pelo menos 33 pessoas foram mortas em dois ataques suicidas contra o Muna Hotel, situado perto do Palácio Presidencial, segundo um comunicado assinado pelo ministro da Informação, Abdirahman Omar.
"Apresentamos as nossas sentidas condolências à família e aos colegas de Barkhat Awale", escreveu o consultor do CPJ para a África Oriental, Tomes Rhodes.
"As duas partes em conflito não atribuem nenhuma importância à vida dos jornalistas e dos outros civis.
Nós pedimos aos soldados da União Africana e à milícia Al-Shabaab que preservem a vida dos jornalistas", apelou.
Awale trabalhou na imprensa nestes últimos 30 anos e dirigia a Hurma Radio há quatro anos.
A Hurma radio cobria essencialmente as questões sociais.
A estação de rádio, instalada no bairro KM5 controlado pelo Governo, já não emitia há algum tempo devido a problemas técnicos que o pessoal tentava reparar.
Em Maio último, Sheikh Nur Mohamed Abkey, um outro jornalista veterano então ao serviço da Rádio Mogadíscio, foi abatido por três homens armados perto da sua casa no sul de Mogadíscio.