PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jornalista camaronês julgado por "difamação criminosa"
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenou o julgamento do jornalista camaronês Jean-Marie Tchatchouang, pela sua cobertura dum conflito laboral numa empresa de transporte.
O procurador de Doualá, capital económica dos Camarões, inculpou o diretor de Publicação do jornal « Paroles », a 4 de fevereiro último, de difamação criminosa, afirmou o jornalista ao CPJ.
As acusações baseiam-se numa queixa de Jean Ernest Ngallè Bihéhé, diretor-geral da primeira empresa de transporte urbano de Doualá, a Socatur, após a publicação pelo « Paroles » de alegações segundo as quais Bihéhé e a sua esposa, Lydienne (diretora dos Recursos Humanos da empresa), teriam desviado subvenções públicas e empregaram práticas de trabalho abusivas.
Tchatchouang está a ser julgado por detenção e publicação de cartas de antigos e atuais membros do quadro de pessoal, expondo de forma pormenorizada estas alegações.
O casal rejeitou publicamente estas alegações, que se iniciaram em 2010, e foram divulgadas por Tchatchouang no jornal «Anecdote », segundo os jornalistas locais.
Tchatchouang afirmou que ele não podia custear os serviços de um advogado, e o veredito final é esperado quarta-feira, segundo a imprensa local.
Nós pedimos ao coletivo de magistrados presentes neste julgamento para rejeitar as acusaçõs criminosas formuladas contra Jean-Marie Tchatchouang, enquanto esta ação judicial aparece como uma tentativa de intimidar um jornalista para o impedir de cobrir um presumível caso de corrupção », declarou o coordenador do CPJ para África, Mohamed Keïta.
« Nós instamos o Governo a modificar a lei para transmitir este caso de difamação a Tribunais civis », acrescentou.
Num artigo divulgado a 9 de fevereiro último pelo site de informação online camaronês, Camnews24, Bihéhé acusa o jornalista de ter tentado chantageá-lo.
Tchatchouang negou a acusação, afirmando que Bihéhé nunca respondeu ao questionário de entrevista que lhe foi enviado em janeiro último pelo jornal sobre estas alegações, de acordo com as mesmas fontes.
A Polícia deteve Tchatchouang a 3 de fevereiro último e colocou-o em detenção preventiva durante uma noite antes de o entregar ao procurador que o inculpou antes de o libertar contra o pagamento duma caução de um milhão de francos CFA (dois mil 100 dólares americanos), disse ao CPJ.
Dois outros jornalistas, Ive Tsogue do « Les Nouveles du Pays », e o chefe de Redação do semanário « Le Pélican », Aristide Nguekam, foram interrogados no quadro deste julgamento, informou Ngekam ao CPJ.
-0- PANA PR/VAO/NFB/TBM/FK/IZ 23março2011
O procurador de Doualá, capital económica dos Camarões, inculpou o diretor de Publicação do jornal « Paroles », a 4 de fevereiro último, de difamação criminosa, afirmou o jornalista ao CPJ.
As acusações baseiam-se numa queixa de Jean Ernest Ngallè Bihéhé, diretor-geral da primeira empresa de transporte urbano de Doualá, a Socatur, após a publicação pelo « Paroles » de alegações segundo as quais Bihéhé e a sua esposa, Lydienne (diretora dos Recursos Humanos da empresa), teriam desviado subvenções públicas e empregaram práticas de trabalho abusivas.
Tchatchouang está a ser julgado por detenção e publicação de cartas de antigos e atuais membros do quadro de pessoal, expondo de forma pormenorizada estas alegações.
O casal rejeitou publicamente estas alegações, que se iniciaram em 2010, e foram divulgadas por Tchatchouang no jornal «Anecdote », segundo os jornalistas locais.
Tchatchouang afirmou que ele não podia custear os serviços de um advogado, e o veredito final é esperado quarta-feira, segundo a imprensa local.
Nós pedimos ao coletivo de magistrados presentes neste julgamento para rejeitar as acusaçõs criminosas formuladas contra Jean-Marie Tchatchouang, enquanto esta ação judicial aparece como uma tentativa de intimidar um jornalista para o impedir de cobrir um presumível caso de corrupção », declarou o coordenador do CPJ para África, Mohamed Keïta.
« Nós instamos o Governo a modificar a lei para transmitir este caso de difamação a Tribunais civis », acrescentou.
Num artigo divulgado a 9 de fevereiro último pelo site de informação online camaronês, Camnews24, Bihéhé acusa o jornalista de ter tentado chantageá-lo.
Tchatchouang negou a acusação, afirmando que Bihéhé nunca respondeu ao questionário de entrevista que lhe foi enviado em janeiro último pelo jornal sobre estas alegações, de acordo com as mesmas fontes.
A Polícia deteve Tchatchouang a 3 de fevereiro último e colocou-o em detenção preventiva durante uma noite antes de o entregar ao procurador que o inculpou antes de o libertar contra o pagamento duma caução de um milhão de francos CFA (dois mil 100 dólares americanos), disse ao CPJ.
Dois outros jornalistas, Ive Tsogue do « Les Nouveles du Pays », e o chefe de Redação do semanário « Le Pélican », Aristide Nguekam, foram interrogados no quadro deste julgamento, informou Ngekam ao CPJ.
-0- PANA PR/VAO/NFB/TBM/FK/IZ 23março2011