PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jornalista camaronês condenado a 10 anos de prisão por não denunciar atos terroristas
Yaoundé, Camarões (PANA) – O Tribunal Militar de Yaoundé condenou a 10 anos de prisão efetiva o correspondente em língua haoussa da Radio France Internationale (RFI), nos Camarões, Ahmed Abba, no termo dum julgamento que durou quase dois anos.
Ahmed Abba foi declarado culpado de « branqueamento de produtos de terrorismo » e « não denúncia de atos terroristas » e condenado a 10 anos de prisão efetiva e a pagar uma multa de 55 milhões de francos CFA (mais de 91 mil dólares americanos).
O caso remonta a julho de 2015, quando Ahmed Abba, que residiu na província do extremo-norte dos Camarões, foi detido durante um controlo de rotina antes de ser inculpado por «cumplicidade de ato de terrorismo, não denúncia de atos terroristas, banqueamento dos produtos de terrorismo e delinquência primária ».
Durante a audiência de 6 de abril último, o comissário do Governo pediu a pena de morte contra Ahmed Abba, acusando-o de não ter comunicado às autoridades as informações sobre a seita islamita Boko Haram que estavam em sua posse.
O seu advogado, o antigo bastonário Charles Tchoungang, indicou terça-feira que ele interporá recurso, por julgar que este veredito é "inapropriado para um jornalista que não é um agente dos Serviços de Inteligência".
Por outro lado, o presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas dos Camarões (SNJC), Denis Kwebo, afirmou que esta condenação representa “uma punição contra a imprensa”.
“É uma vontade de criminalizar a profissão do jornalista nos Camarões, pois o único pecado que Ahmed Abba foi o de ter estado em situação profissional”, acrescentou.
-0- PANA EB/JSG/FK/IZ 25abril2017
Ahmed Abba foi declarado culpado de « branqueamento de produtos de terrorismo » e « não denúncia de atos terroristas » e condenado a 10 anos de prisão efetiva e a pagar uma multa de 55 milhões de francos CFA (mais de 91 mil dólares americanos).
O caso remonta a julho de 2015, quando Ahmed Abba, que residiu na província do extremo-norte dos Camarões, foi detido durante um controlo de rotina antes de ser inculpado por «cumplicidade de ato de terrorismo, não denúncia de atos terroristas, banqueamento dos produtos de terrorismo e delinquência primária ».
Durante a audiência de 6 de abril último, o comissário do Governo pediu a pena de morte contra Ahmed Abba, acusando-o de não ter comunicado às autoridades as informações sobre a seita islamita Boko Haram que estavam em sua posse.
O seu advogado, o antigo bastonário Charles Tchoungang, indicou terça-feira que ele interporá recurso, por julgar que este veredito é "inapropriado para um jornalista que não é um agente dos Serviços de Inteligência".
Por outro lado, o presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas dos Camarões (SNJC), Denis Kwebo, afirmou que esta condenação representa “uma punição contra a imprensa”.
“É uma vontade de criminalizar a profissão do jornalista nos Camarões, pois o único pecado que Ahmed Abba foi o de ter estado em situação profissional”, acrescentou.
-0- PANA EB/JSG/FK/IZ 25abril2017