PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jornalista americana detida por reportagem não autorizada no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) – A jornalista de nacionalidade norte-americana Julia Steers e o correspondente local da rádio britânica (BBC), Jiridas Ihundimpundu, foram momentaneamente detidos este domingo de manhã, em Mutakura, no norte da capital burundesa, Bujumbura, por uma reportagem alegadamente “não autorizada”.
Segundo a Polícia Nacional burundesa, a reportagem em causa versava sobre a sensível questão de supostas “valas comuns” das vítimas da violência eleitoral de 2015.
A administração local não foi previamente advertida, mas, segundo as últimas notícias, a jornalista norte-americana foi liberta na sequência duma intervenção do Conselho Nacional da Comunicação (CNC), órgão público regulador da imprensa que a acreditou devidamente.
O jornalista burundês continua nas mãos da Polícia porque ele "não figura no registo dos jornalistas reconhecidos pelo CNC".
Os dois jornalistas "queriam falsificar as provas das exações cometidas por insurretos contra o poder, em 2015", defendeu o porta-voz do Ministério do Interior, Pierre Nkurikiye.
A insurreição deveu-se à oficialização da candidatura do atual chefe de Estado burundês, Pierre Nkurunziza, a um novo mandato julgado contrário à Constituição pela oposição e pela sociedade civil.
A polémica continua aberta sobre fotos satélites do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) que mostram a existência de pelo menos nove valas comuns capazes de conter uma centena de vítimas das execuções extrajudiciais de 2015, em Bujumbura, e arredores.
O poder burundês anulou recentemente o acordo de sede que o ligava à representação local do (ACNUDH) pelos seus relatórios julgados « falsos » sobre a situação real dos direitos humanos no país.
-0- PANA FB/BEH/FK/IZ 23out2016
Segundo a Polícia Nacional burundesa, a reportagem em causa versava sobre a sensível questão de supostas “valas comuns” das vítimas da violência eleitoral de 2015.
A administração local não foi previamente advertida, mas, segundo as últimas notícias, a jornalista norte-americana foi liberta na sequência duma intervenção do Conselho Nacional da Comunicação (CNC), órgão público regulador da imprensa que a acreditou devidamente.
O jornalista burundês continua nas mãos da Polícia porque ele "não figura no registo dos jornalistas reconhecidos pelo CNC".
Os dois jornalistas "queriam falsificar as provas das exações cometidas por insurretos contra o poder, em 2015", defendeu o porta-voz do Ministério do Interior, Pierre Nkurikiye.
A insurreição deveu-se à oficialização da candidatura do atual chefe de Estado burundês, Pierre Nkurunziza, a um novo mandato julgado contrário à Constituição pela oposição e pela sociedade civil.
A polémica continua aberta sobre fotos satélites do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) que mostram a existência de pelo menos nove valas comuns capazes de conter uma centena de vítimas das execuções extrajudiciais de 2015, em Bujumbura, e arredores.
O poder burundês anulou recentemente o acordo de sede que o ligava à representação local do (ACNUDH) pelos seus relatórios julgados « falsos » sobre a situação real dos direitos humanos no país.
-0- PANA FB/BEH/FK/IZ 23out2016