PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jean Ping denuncia "justiça selectiva" do TPI
Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Jean Ping, criticou violentamente, terça-feira, o Tribunal Penal Internacional (TPI), acusando-o nomeadamente de pretender perpetuar o mito segundo o qual os Governos e líderes africanos são criminosos por natureza e incapazes de fazer o bem.
Falando durante uma conferência de imprensa organizada em Addis Abeba, o presidente da CUA estimou que o TPI foi criado para julgar apenas os Africanos pois, sustentou, ele não agiu até agora com firmeza contra líderes ocidentais que cometeram crimes piores de que alguns dirigentes africanos são acusados.
"O TPI foi criado para julgar os Africanos", disse Ping em resposta a uma pergunta sobre o problema da impunidade no continente, nomeadamente ao mandado de captura emitido contra o Presidente sudanês, Omar el Bashir, procurado por crimes contra a humanidade por esta jurisdição sediada em Haia, nos Países-Baixos.
A crise no Sudão deverá figurar na boa posição na agenda da XII Cimeira dos Chefes de Estado que se realizará de 1 a 3 de Fevereiro próximo na metrópole etíope.
Convém lembrar que as críticas do presidente da Comissão da UA foram feitas pouco após a abertura em Haia do julgamento de ex-líderes rebeldes congloleses (da República Democrática do Congo), Jean-Pierre Bemba e Thomas Lubanga.
Segundo Ping, o Direito Internacional não deve ser de chicote às grandes potências para açoitar as nações fracas.
Estamos contra uma justiça selectiva.
Para ser justo, o Presidente georgiano, que foi acusado pela Rússia de genocídio, deve fazer face a uma justiça similar.
Ele lembrou que a UA invocou o Artigo 16 do Estatuto de Roma, sobre a criação do TPI, para suspender o mandato de captura contra o Presidente sudanês.
O presidente da CUA precisou que a invocação do Artigo 16 não deve ser interpretada de modo a insinuar que o continente tolera a impunidade, ao reconhecer que "existe sérios problemas de governação no continente que devemos resolver com urgência".
Falando durante uma conferência de imprensa organizada em Addis Abeba, o presidente da CUA estimou que o TPI foi criado para julgar apenas os Africanos pois, sustentou, ele não agiu até agora com firmeza contra líderes ocidentais que cometeram crimes piores de que alguns dirigentes africanos são acusados.
"O TPI foi criado para julgar os Africanos", disse Ping em resposta a uma pergunta sobre o problema da impunidade no continente, nomeadamente ao mandado de captura emitido contra o Presidente sudanês, Omar el Bashir, procurado por crimes contra a humanidade por esta jurisdição sediada em Haia, nos Países-Baixos.
A crise no Sudão deverá figurar na boa posição na agenda da XII Cimeira dos Chefes de Estado que se realizará de 1 a 3 de Fevereiro próximo na metrópole etíope.
Convém lembrar que as críticas do presidente da Comissão da UA foram feitas pouco após a abertura em Haia do julgamento de ex-líderes rebeldes congloleses (da República Democrática do Congo), Jean-Pierre Bemba e Thomas Lubanga.
Segundo Ping, o Direito Internacional não deve ser de chicote às grandes potências para açoitar as nações fracas.
Estamos contra uma justiça selectiva.
Para ser justo, o Presidente georgiano, que foi acusado pela Rússia de genocídio, deve fazer face a uma justiça similar.
Ele lembrou que a UA invocou o Artigo 16 do Estatuto de Roma, sobre a criação do TPI, para suspender o mandato de captura contra o Presidente sudanês.
O presidente da CUA precisou que a invocação do Artigo 16 não deve ser interpretada de modo a insinuar que o continente tolera a impunidade, ao reconhecer que "existe sérios problemas de governação no continente que devemos resolver com urgência".