PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Japão substitui ajuda alimentar por financiamento de projetos agrícolas em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo do Japão vai substituir, a partir de 2014, a ajuda alimentar para Cabo Verde pelo reforço do financiamento de projetos na área da mobilização de água para agricultura no arquipélago, soube a PANA, quinta-feira, na cidade da Praia de fonte diplomática.
Esta alteração de fundo nas modalidades da cooperação entre o Japão e Cabo Verde foi anunciada à imprensa pelo diretor cabo-verdiano dos Assuntos Políticos de Cooperação, Fernando Wahnon Ferreira, a propósito de um encontro entre os Governos dois países, na cidade da Praia, tendo em vista uma revisão conjunta da cooperação para o período 2013-2017.
Segundo o diplomata cabo-verdiano, trata-se de uma decisão que decorre de uma mudança de paradigma da parte da cooperação japonesa que em vez de fazer doações quer dar a Cabo Verde “meios para garantir a produção local”.
Ele afrimou que, na ótica de cooperação japonesa, a ajuda alimentar acaba por prejudicar o desenvolvimento da agricultura local.
Fernando Ferreira explicou que esta lógica japonesa “não é bem aplicável diretamente em Cabo Verde porque nós somos produtivos”, mas sim uma lógica geral de funcionamento em relação a toda África.
Daí que o Governo cabo-verdiano vai tentar salvaguardar alguns outros pontos, defendendo que em vez de o Japão fornecer a ajuda alimentar deve passar a dar a Cabo Verde os meios para produzir localmente, “não cereais, mas outros bens”.
Nesta base, Cabo Verde propôs ao Japão o financiamento da construção de uma nova barragem na localidade de São João Batista, no interior de Santiago, e uma das zonas mais pobres da ilha.
A nova barragem deverá ser a 18.ª construída no arquipélago até 2017, no âmbito de um programa que o Governo cabo-verdiano está a implementar com vista à mobilização de milhões de metros cúbicos de água para permitir o regresso dos agricultores à terra e combater, de forma sustentada, a pobreza no arquipélago.
O chefe da delegação japonesa, Tomoyuki Ono, manifestou a abertura do Japão para financiar a construção da nova barragem, mas realçou que nada está decidido e que a apresentação de propostas não se esgota na reunião de quinta-feira, uma vez que está em causa o período 2013-2017.
Cabo Verde beneficia de projetos em curso financiados pela cooperação japonesa nas áreas da eletrificação em seis ilhas, das energias renováveis, da água e saneamento, bem como na educação e na saúde.
Na cimeira da Conferência de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD) em Yokohama ficou definido que o Japão vai conceder empréstimos concessionais a Cabo Verde no valor de 172,3 milhões de euros para projetos ligados à água e energia, sendo o montante dividido em investimentos em seis das nove ilhas habitadas do arquipélago.
-0- PANA CS/TON 25jul2013
Esta alteração de fundo nas modalidades da cooperação entre o Japão e Cabo Verde foi anunciada à imprensa pelo diretor cabo-verdiano dos Assuntos Políticos de Cooperação, Fernando Wahnon Ferreira, a propósito de um encontro entre os Governos dois países, na cidade da Praia, tendo em vista uma revisão conjunta da cooperação para o período 2013-2017.
Segundo o diplomata cabo-verdiano, trata-se de uma decisão que decorre de uma mudança de paradigma da parte da cooperação japonesa que em vez de fazer doações quer dar a Cabo Verde “meios para garantir a produção local”.
Ele afrimou que, na ótica de cooperação japonesa, a ajuda alimentar acaba por prejudicar o desenvolvimento da agricultura local.
Fernando Ferreira explicou que esta lógica japonesa “não é bem aplicável diretamente em Cabo Verde porque nós somos produtivos”, mas sim uma lógica geral de funcionamento em relação a toda África.
Daí que o Governo cabo-verdiano vai tentar salvaguardar alguns outros pontos, defendendo que em vez de o Japão fornecer a ajuda alimentar deve passar a dar a Cabo Verde os meios para produzir localmente, “não cereais, mas outros bens”.
Nesta base, Cabo Verde propôs ao Japão o financiamento da construção de uma nova barragem na localidade de São João Batista, no interior de Santiago, e uma das zonas mais pobres da ilha.
A nova barragem deverá ser a 18.ª construída no arquipélago até 2017, no âmbito de um programa que o Governo cabo-verdiano está a implementar com vista à mobilização de milhões de metros cúbicos de água para permitir o regresso dos agricultores à terra e combater, de forma sustentada, a pobreza no arquipélago.
O chefe da delegação japonesa, Tomoyuki Ono, manifestou a abertura do Japão para financiar a construção da nova barragem, mas realçou que nada está decidido e que a apresentação de propostas não se esgota na reunião de quinta-feira, uma vez que está em causa o período 2013-2017.
Cabo Verde beneficia de projetos em curso financiados pela cooperação japonesa nas áreas da eletrificação em seis ilhas, das energias renováveis, da água e saneamento, bem como na educação e na saúde.
Na cimeira da Conferência de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD) em Yokohama ficou definido que o Japão vai conceder empréstimos concessionais a Cabo Verde no valor de 172,3 milhões de euros para projetos ligados à água e energia, sendo o montante dividido em investimentos em seis das nove ilhas habitadas do arquipélago.
-0- PANA CS/TON 25jul2013