Agência Panafricana de Notícias

Japão oferece ao Mali 6 mil toneladas de arroz para reforçar segurança alimentar

Bamako, Mali (PANA) - O Japão acaba de doar seis mil 428 toneladas de arroz no valor de 2,5 biliões de francos CFA para o Mali para o reforço da sua segurança alimentar, no quadro da assistência nipónica para o ano fiscal de 2017, soube a PANA de fonte oficial.

Um dólar americano equivale a 595 francos CFA da África Ocidental.

A cerimónia de entrega deste donativo teve lugar, segunda-feira, em Bamako, na presença do ministro comissário para a Segurança Alimentar, Kassoum Dénon, e do embaixador do Japão no Mali, Daisuke Kuroki.

Na ocasião, o embaixador japonês explicou que este gesto de solidariedade é parte integrante da cooperação económica bilateral não reembolsável do Japão para o povo do Mali.

Acrescentou que, com a disseminação de conflitos multifacetados na região de Mopti, no centro do Mali, cerca de 7,2 milhões de pessoas, ou mais de 35 por cento da população, vivem nas regiões afetadas pela crise.

O arroz oferecido pelo Japão será enviado para as diferentes regiões do país, especialmente para a província de Mopti, afetada pela crise de segurança.

O ministro comissário Kassoum Dénon reconheceu que esta assistência alimentar é de importância crucial para o Mali através da sua contribuição para o reforço do programa de segurança alimentar do país, especialmente durante este período de escassez em todo o país, e prometeu que esta subvenção será utilizada de forma apropriada.

"Uma parte irá diretamente para os consumidores para lidar com a precariedade na região de Mopti. Outra ajudará a conter o mercado do Mali para que os consumidores possam ter acesso ao arroz a preços baixos", sublinhou Dénon.

Segundo o Gabinete do comissário para a Segurança Alimentar, a insegurança alimentar afeta atualmente um em cada cinco Malianos e as mulheres e raparigas são mais vulneráveis, do ponto de vista da proteção nas zonas mais afetadas pela crise, nomeadamente nas regiões do norte (Timbuktu, Gao, Kidal, Ménaka e Taoudénit) e na região de Mopti.

Esta estrutura estatal observa que muitos agricultores não têm sido capazes de realizar as suas atividades há dois anos devido à insegurança (conflitos intercomunitários e ataques jihadistas), que dificulta as atividades agrícolas ao mesmo tempo que as alterações climáticas, prevendo assim um resultado incerto para a campanha agrícola de 2019-2020.

-0- PANA GT/TBM/CJB/IZ 21ago2019