Agência Panafricana de Notícias

Japão atribui 640 milhões de euros a Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Japão vai assistir Cabo Verde com 640 milhões de ienes (cerca de 570 mil milhões de escudos cabo-verdianos) para a reconstrução de infraestruturas na ilha de São Nicolau e ajuda alimentar ao arquipélago, apurou a PANA sábado na cidade da Praia de fonte oficial.
Desse montante, 300 milhões de ienes destinam-se à reconstrução/reabilitação de infraestruturas danificadas pelas chuvas intensas que assolaram a ilha de São Nicolau, em Setembro do ano passado, que, para além dos elevados danos materiais, provocaram também três vítimas mortais.
No âmbito de acordos rubricados, na Praia, pelo embaixador do Japão no arquipélago, Takashi Saito, e pelo ministro Cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, José Brito, os 340 milhões de ienes restantes destinam-se à ajuda alimentar a Cabo Verde, referente ao ano fiscal japonês de 2009.
Uma fonte diplomática cabo-verdiana destaca a importância da ajuda alimentar que o Japão vem concedendo ao arquipélago, desde a sua independência, em 1975, sublinhando que, pela sua modalidade, ela tem "uma repercussão positiva a vários níveis, entre os quais, a segurança alimentar, o apoio à balança de pagamentos e à criação de emprego e o desenvolvimento".
Através dos fundos de contrapartida, resultantes da comercialização dos produtos adquiridos no âmbito da ajuda alimentar japonesa, o Governo cabo- verdiano tem financiado projectos no sector agrícola, em prol das camadas desfavorecidas, "contribuindo assim para a redução da pobreza no meio rural".
No domínio agrícola, os projectos tem contribuído para a diversificação de culturas, reabilitação de infraestruturas rurais, massificação de sistemas de irrigação e introdução de técnicas de hidroponia e aeroponia, bem como a modernização e aumento da produção agrícola.
Para além da ajuda alimentar atribuída anualmente, o Japão concede também a Cabo Verde diversos tipos de ajuda não reembolsável, canalizadas especialmente em domínios cruciais para o arquipélago, nomeadamente, a agricultura, as pescas, as telecomunicações, o desporto, a exploração e o abastecimento de água às populações, a saúde, a formação de quadros, os transportes e as infraestruturas.