PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ivoiriense morre por esgotamento e sobre-exploração no trabalho na Tunísia
Túnis, Tunísia (PANA) – Um trabalhador de nacionalidade ivoiriense acaba de falecer por esgotamento, más condições de vida e sobre-exploração no trabalho, em Sfax, revelou um responsável municipal e ativista da segunda maior cidade da Tunísia.
Segundo o edil citado pelo jornal online “Tunisie numérique”, suspeita-se que um empresário da cidade tenha andado a sequestrar e explorar trabalhadores africanos, fazendo-os trabalhar mais de 16 horas diárias e privando-os dos seus passaportes. Ele os hospedava nos locais do trabalho, "em condições lamentáveis".
O porta-voz dos tribunais de Sfax, a que se refere a mesma fonte, disse que tais comportamentos são passíveis de penas de prisão, podendo atingir a prisão perpétua.
Por sua vez, a presidente da organização “Tunisie terre d’exil et de refuge” (Tunísia, terra de exílio e refúgio) indicou que 410 queixas foram registadas, apenas em 2018, vindas de residentes africanos, que denunciam maus tratos, e dos quais um quarto na região de Sfax.
Em finais de dezembro último, o presidente da Associação dos Ivoirienses da Tunísia foi morto à facada durante um assalto perpetrado por um grupo de delinquentes, na periferia de Túnis.
Este assassínio suscitou a indignação das organizações da sociedade civil e responsáveis políticos e internautas.
Em outubro de 2017, o Parlamento tunisino adotou uma lei contra o racismo que prevê pesadas sanções penais contra os autores de declarações e atos racistas.
“Não basta adotar leis, elas têm de ser aplicadas escrupulosamente, a fim de pôr termo às manifestações racistas num país que diz ser tolerante”, alertou a presidente da Associação de Defesas das Minorias, Yamina Thabet.
-0- PANA BB/JSG/CJB/IZ 5fev2019
Segundo o edil citado pelo jornal online “Tunisie numérique”, suspeita-se que um empresário da cidade tenha andado a sequestrar e explorar trabalhadores africanos, fazendo-os trabalhar mais de 16 horas diárias e privando-os dos seus passaportes. Ele os hospedava nos locais do trabalho, "em condições lamentáveis".
O porta-voz dos tribunais de Sfax, a que se refere a mesma fonte, disse que tais comportamentos são passíveis de penas de prisão, podendo atingir a prisão perpétua.
Por sua vez, a presidente da organização “Tunisie terre d’exil et de refuge” (Tunísia, terra de exílio e refúgio) indicou que 410 queixas foram registadas, apenas em 2018, vindas de residentes africanos, que denunciam maus tratos, e dos quais um quarto na região de Sfax.
Em finais de dezembro último, o presidente da Associação dos Ivoirienses da Tunísia foi morto à facada durante um assalto perpetrado por um grupo de delinquentes, na periferia de Túnis.
Este assassínio suscitou a indignação das organizações da sociedade civil e responsáveis políticos e internautas.
Em outubro de 2017, o Parlamento tunisino adotou uma lei contra o racismo que prevê pesadas sanções penais contra os autores de declarações e atos racistas.
“Não basta adotar leis, elas têm de ser aplicadas escrupulosamente, a fim de pôr termo às manifestações racistas num país que diz ser tolerante”, alertou a presidente da Associação de Defesas das Minorias, Yamina Thabet.
-0- PANA BB/JSG/CJB/IZ 5fev2019