Itália e Conselho Presidencial líbio apoiam iniciativa internacional de cessar-fogo na Líbia
Trípoli, Líbia (PANA) – O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e o presidente do Conselho Presidencial do Governo de União Nacional na Líbia, Fayez al-Sarraj , reafirmaram, sábado, o seu apoio à conferência de Berlim e à iniciativa de cessar-fogo nesta país da África do Norte.
Durante uma conferência de imprensa realizada em Roma, a capital italiana al-Sarraj reafirmou a sua apreco à inciativa russo-turca para um cessar-fogo na Líbia.
Saudou todas as iniciativas de paz, “mas desde que elas estejam conforme a nossa exigência de retirada das forças beligerantes da nossa cidade capital”, antes de 4 de abril de 2020.
Sublinhou esperar, com impaciência, pela conferência de Berlim que culminará em desenvolvimentos positivos para pôr termo à guerra e à ingerência estrangeira.
O presidente do Conselho Presidencial líbio declarou-se “surpreso" com o silêncio internacional relativamente aos crimes cometidos contra civis, precisamente dois mil cidadãos mortos, os últimos dos quais alunos da Academia Militar em Tripoli.
O primeiro-ministro italiano e o presidente do Conselho Presidencial, Fayez al-Sarraj, entenderam-se, durante o seu encontro, para formar um comité misto sobre as dívidas acumuladas pela Líbia e não reembolsadas desde 2014.
Al-Sarraj explicou que o comité misto decidiu “trabalhar para rever as dívidas das empresas italianas a fim de concluir o pagamento do que lhe é devido, a fim de que elas possam continuar o seu trabalho na Líbia.”
Para conter a crise líbia, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, publicaram, quarta-feira última, uma declaração conjunta em que eles apelaram aos beligerantes líbios para observarem um cessar-fogo a partir de domingo último à meia-noite.
A iniciativa foi saudada e aprovada pelo Conselho Presidencial líbio de União Nacional e pelo Alto Conselho de Estado, mas o autoproclamado comandante-em-chefe do Exército líbio, o marechal Khalifa Haftar, rejeitou-a, afirmando que as suas operações militares continuarão em Tripoli.
-0- PANA BY/BEH/FK/DD 12jan2020