PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Intransigência de Laurent Gbagbo na crise ivoiriense em destaque na imprensa congolesa
Brazzaville, Congo (PANA) – A intransigência de Laurent Gbagbo de não ceder o poder na Côte d'Ivoire a Alassane Ouattara, declarado eleito pela Comissão Eleitoral Independente e apoiado pela comunidade internacional, está em destaque na imprensa do Congo Brazzaville, constatou a PANA no local.
"Sozinho contra todos, eis a posição atual do homem que dirigiu a Côte d'Ivoire nestes últimos 10 anos, e que quer manter-se à frente do país, na sequência do que que convém qualificar de "um verdadeiro golpe de Estado institucional", escreve o La Semaine Africaine (semanário católico), .
Este jornal nota que "Laurent Gbagbo passou pelo Tribunal Constitucional, onde a maioria dos magistrados foram nomeados por ele, para perpetrar o seu desferir o seu golpe através do qual pretende manter-se no poder".
Para o La Semaine Africaine, "a operação é tão grotesca que ninguém é estúpido"..
"Laurent Gbagbo não poderá continuar a enfrentar sozinho o resto do mundo", escreveu o semanário católico, acrescentando que "cada vez mais isolado, Gbagbo arrisca-se a comprometer a sua responsabilidade pessoal, caso a situação degenere no país ".
"O Tribunal Penal Internacional (TPI) terá então a honra de o acolher de braços abertos", escreve La Semaine Africaine que afirma ser ainda tempo para Gbagbo salvar seus bens, ao reconhecer a sua derrota e ao retirar-se do poder, ou negociar a sua saída ou a participação do seu poder no novo regime".
Para este jornal , "senão será muito tarde, mesmo se por enquanto, ele tem a impressão de ter o controlo da administração do seu país".
O La Nouvelle République (semanário governamental) interroga-se sobre o que "ganharia Gbagbo com tanto radicalismo face a uma comunidade internacional e uma parte da comunidade nacional que lhe desejam uma saída honrosa após a unificação do país e a organização bem sucedida das eleições presidenciais ?".
Para o editorialista deste jornal, "a incerteza paira sobre o país de Houphouët-Boigny (primeiro Presidente ivoiriense independente) onde prevalece uma tensão suscetível de conduzir o país à explosão", pois, segundo o jornal, a Côte d'Ivoire parece à beira de uma guerra cvil.
"Além de todos os antagonismos, a Côte d'Ivoire pode, orgulhosaqmente, virar uma bonita página da sua história graças ao senso de sacrifício de Gbagbo que se assume como um nacionalista e, portanto, apto a privilegiar o interesse supremo dos Ivoirienses em detrimento das suas próprias ambições, senão o pior é inevitável", conclui o La Nouvelle République..
Para Talassa, semanário próximo da oposição, "desde a proclamação pelo presidente do Tribunal Constitucional dos resultados da segunda volta das eleições presidenciais de 28 de Novembro de 2010, declarando Gbagbo vencedor com 51, 45 porcento dos votos contra 48,55 porcento para Ouattara, a Côte d'Ivoire está mergulhada numa situação confusa".
"Será que os velhos demónios da divisão, da "Ivoiridade" ou da ditadura acordaram ?", interroga-se este jornal, sublinhando que "a atitude de Gbagbo é a banir deste Século XXI em que a realidade democrática, embora balbuciante em África, tende, apesar de tudo, a afirmar-se".
Para Cocorico, semanário próximo da oposição, "Gbagbo acabou de desenhar a atitude de alguns líderes políticos africanos que se agarram ao poder com o pretexto de defender a soberania nacional, afinal são eles, na realidade, violadores das leis e dos regulamentos que regem os seus respetivos Estados".
-0- PANA MB/JSG/FK/DD 14Dez2010
"Sozinho contra todos, eis a posição atual do homem que dirigiu a Côte d'Ivoire nestes últimos 10 anos, e que quer manter-se à frente do país, na sequência do que que convém qualificar de "um verdadeiro golpe de Estado institucional", escreve o La Semaine Africaine (semanário católico), .
Este jornal nota que "Laurent Gbagbo passou pelo Tribunal Constitucional, onde a maioria dos magistrados foram nomeados por ele, para perpetrar o seu desferir o seu golpe através do qual pretende manter-se no poder".
Para o La Semaine Africaine, "a operação é tão grotesca que ninguém é estúpido"..
"Laurent Gbagbo não poderá continuar a enfrentar sozinho o resto do mundo", escreveu o semanário católico, acrescentando que "cada vez mais isolado, Gbagbo arrisca-se a comprometer a sua responsabilidade pessoal, caso a situação degenere no país ".
"O Tribunal Penal Internacional (TPI) terá então a honra de o acolher de braços abertos", escreve La Semaine Africaine que afirma ser ainda tempo para Gbagbo salvar seus bens, ao reconhecer a sua derrota e ao retirar-se do poder, ou negociar a sua saída ou a participação do seu poder no novo regime".
Para este jornal , "senão será muito tarde, mesmo se por enquanto, ele tem a impressão de ter o controlo da administração do seu país".
O La Nouvelle République (semanário governamental) interroga-se sobre o que "ganharia Gbagbo com tanto radicalismo face a uma comunidade internacional e uma parte da comunidade nacional que lhe desejam uma saída honrosa após a unificação do país e a organização bem sucedida das eleições presidenciais ?".
Para o editorialista deste jornal, "a incerteza paira sobre o país de Houphouët-Boigny (primeiro Presidente ivoiriense independente) onde prevalece uma tensão suscetível de conduzir o país à explosão", pois, segundo o jornal, a Côte d'Ivoire parece à beira de uma guerra cvil.
"Além de todos os antagonismos, a Côte d'Ivoire pode, orgulhosaqmente, virar uma bonita página da sua história graças ao senso de sacrifício de Gbagbo que se assume como um nacionalista e, portanto, apto a privilegiar o interesse supremo dos Ivoirienses em detrimento das suas próprias ambições, senão o pior é inevitável", conclui o La Nouvelle République..
Para Talassa, semanário próximo da oposição, "desde a proclamação pelo presidente do Tribunal Constitucional dos resultados da segunda volta das eleições presidenciais de 28 de Novembro de 2010, declarando Gbagbo vencedor com 51, 45 porcento dos votos contra 48,55 porcento para Ouattara, a Côte d'Ivoire está mergulhada numa situação confusa".
"Será que os velhos demónios da divisão, da "Ivoiridade" ou da ditadura acordaram ?", interroga-se este jornal, sublinhando que "a atitude de Gbagbo é a banir deste Século XXI em que a realidade democrática, embora balbuciante em África, tende, apesar de tudo, a afirmar-se".
Para Cocorico, semanário próximo da oposição, "Gbagbo acabou de desenhar a atitude de alguns líderes políticos africanos que se agarram ao poder com o pretexto de defender a soberania nacional, afinal são eles, na realidade, violadores das leis e dos regulamentos que regem os seus respetivos Estados".
-0- PANA MB/JSG/FK/DD 14Dez2010