PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Insurgentes somalís matam dezenas de pessoas num atentado diante de edifício público
Nairobi, Quénia (PANA) – Um atentado suicída ocorrido terça-feira em Mogadíscio fez dezenas de mortos e feridos no que parece um dos atentados mais mortíferos na capital somalí.
As vítimas deste atentado ocorrido nas instalações do Governo em Mogadíscio são na sua maioria estudantes.
A representante especial das Nações Unidas na Somália, Augustine Mahiga, condenou o atentado a carro armadilhado no complexo do Governo Federal de Transição a sul de Mogadíscio.
"Estou muito comovida por este ataque covarde e insensato. Apresento as minhas sinceras condolências às famílias das vítimas”, disse Mahiga.
Um dos socorristas em Mogadício disse que o balanço deste ataque eleva-se para 70 mortos e que poderá aumentar com o número de feridos graves em tratamento.
"Estas ações são inaceitáveis. Nada justifica o assassínio de populações ordinárias", acrescentou.
O grupo somalí Al Shabaab, que se retirou em agosto passado das suas posições na capital na sequência de violentos combates, é muito suspeito de ter cometido estes atos.
Os testemunhas oculares indicaram que o ataque foi levado a cabo com a ajuda de um camião cheio de explosivos.
As tropas da Missão da União Africana na Somália (AMISOM), que combatem para proteger o Governo muito frágil do país, anunciaram ter descoberto uma fábrica de explosivos locais durante a retirada do Al Shabaab da capital.
Pensava-se, porém, que o Al Shabaab estivesse enfraquecido após ter sido afastado das suas posições estratégicas no mercado de Barakat pela AMISOM, onde extorquia fundos aos comerciantes para financiar a guerra.
Uma grande parte dos seus recursos de financiamento teria igualmente sido cortada com as revoluções surgidas no início do ano no Médio Oriente.
A representante especial das Nações Unidas sublinhou que, na sequência das declarações do Al-Shabaab, em agosto passado, indicando que iria retirar-se de Mogadíscio, o Governo Federal de Transição, apoiado pela AMISOM, controla a maioria dos bairros da capital.
"Apesar de os extremistas terem abandonado a capital, é muito difícil impedir este tipo de ataques terroristas que, como sempre dissemos, se multiplicam", disse Mahiga.
Condenou o atentado perpetrado pelo Al-Shabaab, segunda-feira, à noite em Dhusamareb, no centro da Somália, como o de Dhobley no Baixo Juba perto da fronteira com o Quénia.
Sublinhou a importância do reforço das forças nacionais de segurança somalís, a sensibilização às ameaças persistentes em todo o país e ressaltou a necessidade de se aprovar rapidamente o Plano Nacional de Segurança e Estabilização.
Mahiga exortou igualmente a comunidade internacional a fornecer de modo urgente os recursos necessários à AMISOM para lhe permitir ultrapassar a instabilidade persistente no país.
Segundo ela, o único meio de consolidar os recentes progressos nas áreas política e de segurança reside na colaboração entre o Governo e as administrações regionais para implementar o roteiro adotado no mês passado em Mogadíscio.
-0- PANA AO/BOS/ASA/TBM/SOC/CJB/IZ 05out2011
As vítimas deste atentado ocorrido nas instalações do Governo em Mogadíscio são na sua maioria estudantes.
A representante especial das Nações Unidas na Somália, Augustine Mahiga, condenou o atentado a carro armadilhado no complexo do Governo Federal de Transição a sul de Mogadíscio.
"Estou muito comovida por este ataque covarde e insensato. Apresento as minhas sinceras condolências às famílias das vítimas”, disse Mahiga.
Um dos socorristas em Mogadício disse que o balanço deste ataque eleva-se para 70 mortos e que poderá aumentar com o número de feridos graves em tratamento.
"Estas ações são inaceitáveis. Nada justifica o assassínio de populações ordinárias", acrescentou.
O grupo somalí Al Shabaab, que se retirou em agosto passado das suas posições na capital na sequência de violentos combates, é muito suspeito de ter cometido estes atos.
Os testemunhas oculares indicaram que o ataque foi levado a cabo com a ajuda de um camião cheio de explosivos.
As tropas da Missão da União Africana na Somália (AMISOM), que combatem para proteger o Governo muito frágil do país, anunciaram ter descoberto uma fábrica de explosivos locais durante a retirada do Al Shabaab da capital.
Pensava-se, porém, que o Al Shabaab estivesse enfraquecido após ter sido afastado das suas posições estratégicas no mercado de Barakat pela AMISOM, onde extorquia fundos aos comerciantes para financiar a guerra.
Uma grande parte dos seus recursos de financiamento teria igualmente sido cortada com as revoluções surgidas no início do ano no Médio Oriente.
A representante especial das Nações Unidas sublinhou que, na sequência das declarações do Al-Shabaab, em agosto passado, indicando que iria retirar-se de Mogadíscio, o Governo Federal de Transição, apoiado pela AMISOM, controla a maioria dos bairros da capital.
"Apesar de os extremistas terem abandonado a capital, é muito difícil impedir este tipo de ataques terroristas que, como sempre dissemos, se multiplicam", disse Mahiga.
Condenou o atentado perpetrado pelo Al-Shabaab, segunda-feira, à noite em Dhusamareb, no centro da Somália, como o de Dhobley no Baixo Juba perto da fronteira com o Quénia.
Sublinhou a importância do reforço das forças nacionais de segurança somalís, a sensibilização às ameaças persistentes em todo o país e ressaltou a necessidade de se aprovar rapidamente o Plano Nacional de Segurança e Estabilização.
Mahiga exortou igualmente a comunidade internacional a fornecer de modo urgente os recursos necessários à AMISOM para lhe permitir ultrapassar a instabilidade persistente no país.
Segundo ela, o único meio de consolidar os recentes progressos nas áreas política e de segurança reside na colaboração entre o Governo e as administrações regionais para implementar o roteiro adotado no mês passado em Mogadíscio.
-0- PANA AO/BOS/ASA/TBM/SOC/CJB/IZ 05out2011