PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Instituto Nacional de Estatísticas criticado por atraso de dados económicos em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde criticou quarta-feira, na cidade da Praia, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) por tardar a divulgar dados económicos do país, apurou a PANA no local de fonte partidária.
Na sua primeira conferência de imprensa enquanto porta-voz do MpD para a área económica, o recém-eleito vice-presidente Olavo Correia, reagiu aos dados das Contas Nacionais referentes a 2011, divulgados na semana passada pelo INE e que apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde nesse ano na ordem dos quatro porcento, o que supera a anterior previsão do Banco Central de um aumento de apenas 1,7 porcento.
Na sua ótica, este atraso na divulgação dos dados económicos do país é favorecido pela agenda política do partido no poder, o PAICV (Partido Africano para a Independência de Cabo Verde).
Olavo Correia, uma das caras novas do elenco diretivo do MpD, liderado por Ulisses Correia e Silva, considera que o INE tem de estar “inequivocamente” ao serviço da Nação, devendo para o efeito ser dotado dos meios necessários para poder fazer a devida avaliação do desempenho económico do país.
A este propósito, o vice-presidente do MpD exigiu que o Governo disponibilizasse meios necessários ao INE e fizesse a devida avaliação para que os dados estatísticos, nomeadamente as contas nacionais, sejam produzidas em tempo oportuno e com calendários previsíveis e rigorosamente cumpridos.
Segundo este dirigente partidário, o INE deve ter uma autonomia financeira e técnica,a previsibilidade para produzir e divulgar os indicadores económicos e a oportunidade para divulgar os dados.
“Para tudo isso, é preciso que o Governo disponibilize meios ao INE. Como todos nós sabemos, os dados económicos são importantes para a gestão macroeconómica. Precisamos de contas nacionais trimestrais para que todas as entidades nacionais possam gerir em função da situação económica real efetiva”, sublinhou Olavo Correia.
“Reforçando as nossas capacidades estaremos em condições de continuar com as contas anuais sem problemas e ao mesmo tempo avançar com as contas trimestrais”, considerou o também antigo governador do Banco de Cabo Verde, de 1999-2004.
Sublinhou que “para se produzir indicadores, há necessidade de lançar operações estatísticas e, para o efeito, é preciso também ter-se os recursos necessários”.
Olavo Coreia criticou também o facto de, em relação às contas de 2011, o INE ter alterado, para o seu cálculo, o ano base de 2008, para uma base móvel de 1993, quando, segundo ele, a divulgação dos valores encadeados deviam ter tido em conta como ano de referência o ano 2007.
"Esses dados deverão apontar seguramente para um nível de crescimento médio de 2008 a 2011 na ordem dos 2,7 porcento, menos de metade do crescimento potencial e muito inferior ao nível de crescimento dos países da África Subsariana e de renda média", precisou.
O Olavo Correia disse que o seu partido discorda “frontalmente” das políticas económicas do Governo, realçando que o país cresce muito abaixo do potencial e menos do que a média dos países da África Subsariana.
Do seu ponto de vista, Cabo Verde precisa de um programa de desenvolvimento assente em reformas estruturais, que aumentem em simultâneo quer o potencial de crescimento da economia, quer o crescimento real efetivo.
No entender do novo vice-presidente do MpD, relançar a economia, combater o desemprego juvenil e aprofundar as medidas de estímulos de investimentos e captação do investimento externo, são as prioridades para o país.
-0– PANA CS/DD 25jul2013
Na sua primeira conferência de imprensa enquanto porta-voz do MpD para a área económica, o recém-eleito vice-presidente Olavo Correia, reagiu aos dados das Contas Nacionais referentes a 2011, divulgados na semana passada pelo INE e que apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde nesse ano na ordem dos quatro porcento, o que supera a anterior previsão do Banco Central de um aumento de apenas 1,7 porcento.
Na sua ótica, este atraso na divulgação dos dados económicos do país é favorecido pela agenda política do partido no poder, o PAICV (Partido Africano para a Independência de Cabo Verde).
Olavo Correia, uma das caras novas do elenco diretivo do MpD, liderado por Ulisses Correia e Silva, considera que o INE tem de estar “inequivocamente” ao serviço da Nação, devendo para o efeito ser dotado dos meios necessários para poder fazer a devida avaliação do desempenho económico do país.
A este propósito, o vice-presidente do MpD exigiu que o Governo disponibilizasse meios necessários ao INE e fizesse a devida avaliação para que os dados estatísticos, nomeadamente as contas nacionais, sejam produzidas em tempo oportuno e com calendários previsíveis e rigorosamente cumpridos.
Segundo este dirigente partidário, o INE deve ter uma autonomia financeira e técnica,a previsibilidade para produzir e divulgar os indicadores económicos e a oportunidade para divulgar os dados.
“Para tudo isso, é preciso que o Governo disponibilize meios ao INE. Como todos nós sabemos, os dados económicos são importantes para a gestão macroeconómica. Precisamos de contas nacionais trimestrais para que todas as entidades nacionais possam gerir em função da situação económica real efetiva”, sublinhou Olavo Correia.
“Reforçando as nossas capacidades estaremos em condições de continuar com as contas anuais sem problemas e ao mesmo tempo avançar com as contas trimestrais”, considerou o também antigo governador do Banco de Cabo Verde, de 1999-2004.
Sublinhou que “para se produzir indicadores, há necessidade de lançar operações estatísticas e, para o efeito, é preciso também ter-se os recursos necessários”.
Olavo Coreia criticou também o facto de, em relação às contas de 2011, o INE ter alterado, para o seu cálculo, o ano base de 2008, para uma base móvel de 1993, quando, segundo ele, a divulgação dos valores encadeados deviam ter tido em conta como ano de referência o ano 2007.
"Esses dados deverão apontar seguramente para um nível de crescimento médio de 2008 a 2011 na ordem dos 2,7 porcento, menos de metade do crescimento potencial e muito inferior ao nível de crescimento dos países da África Subsariana e de renda média", precisou.
O Olavo Correia disse que o seu partido discorda “frontalmente” das políticas económicas do Governo, realçando que o país cresce muito abaixo do potencial e menos do que a média dos países da África Subsariana.
Do seu ponto de vista, Cabo Verde precisa de um programa de desenvolvimento assente em reformas estruturais, que aumentem em simultâneo quer o potencial de crescimento da economia, quer o crescimento real efetivo.
No entender do novo vice-presidente do MpD, relançar a economia, combater o desemprego juvenil e aprofundar as medidas de estímulos de investimentos e captação do investimento externo, são as prioridades para o país.
-0– PANA CS/DD 25jul2013