PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Instituto Francês de Cabo Verde fecha as portas em agosto
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Instituto Francês de Cabo Verde (IFCV), na Cidade da Praia, vai fechar as portas no dia 31 de agosto próximo apesar da petição subscrita por cidadãos cabo-verdianos e endereçada ao Presidente da República francesa, François Hollande, na tentativa de ver anulada a decisão tomada pelo Governo francês, soube a PANA, segunda-feira, na capital cabo-verdiana de fonte da instituição.
O encerramento do IFCV, que funciona em Cabo Verde desde os anos 1990, vai levar ao desemprego dos 15 trabalhadores que nele trabalham.
Uma fonte da instituição, citada pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), revelou que a petição endereçada a François Hollande não teve resposta favorável, pelo que o IFCV vai mesmo encerrar as portas na data anteriormente prevista.
O instituto, que inicialmente era conhecido por Centro Cultural Francês, tinha como objetivo principal a promoção da língua francesa em Cabo Verde e para além da parte pedagógica no ensino do francês, tinha também uma forte vertente cultural.
Citado pela Inforpress, o presidente da Associação dos Professores de Francês e um dos impulsionadores desta frente que vinha batalhando para o não encerramento do IFCV, recordou que vários artistas foram conhecidos através desse instituto, nomeadamente Mayra Andrade, Tcheka, o grupo de dança Raiz de pólon, alguns pintores bem como outros novos talentos cabo-verdianos.
Nilton dos Santos diz que o encerramento do IFCV é visto como uma grande perda para a Cidade da Praia, sobretudo no momento em que se fala da internacionalização da mão-de-obra cabo-verdiana, nomeadamente para os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em que ter conhecimento de uma língua estrangeira, entre os quais o francês, se afigura como fundamental.
Ele indicou também que com as suas inúmeras atividades, entre curso de francês e da língua cabo-verdiana, a mediateca, espetáculos e estágios de formação, o IFCV desempenhava um papel “preponderante” na dinâmica dos intercâmbios linguísticos e culturais com a França e o mundo francófono.
Com a decisão de fechar as portas do IFCV, os equipamentos vão ser doados para as escolas e outras instituições. Le livros da mediateca e os outros materiais pedagógicos vão ser entregues à Universidade de Cabo Verde, para reforçar o projeto da criação do Instituto de Línguas e parte destes, e uma outra parte à Biblioteca Nacional.
Fonte da instituição explicou que a ideia inicial era de, em caso de fecho do IFCV, era a de se criar uma Alliance Française na Cidade da Praia, à semelhança da que existe em São Vicente.
No entanto, dado à escassez de tempo “ficou difícil a concretização desse propósito”, uma vez que a Alliance Française tinha de ser um projeto nacional e que ter o engajamento do Governo cabo-verdiano, pelo menos no apoio com espaço, o que, contudo, não foi conseguido porque o tempo foi curto.
-0- PANA CS/TON 16jun2013
O encerramento do IFCV, que funciona em Cabo Verde desde os anos 1990, vai levar ao desemprego dos 15 trabalhadores que nele trabalham.
Uma fonte da instituição, citada pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), revelou que a petição endereçada a François Hollande não teve resposta favorável, pelo que o IFCV vai mesmo encerrar as portas na data anteriormente prevista.
O instituto, que inicialmente era conhecido por Centro Cultural Francês, tinha como objetivo principal a promoção da língua francesa em Cabo Verde e para além da parte pedagógica no ensino do francês, tinha também uma forte vertente cultural.
Citado pela Inforpress, o presidente da Associação dos Professores de Francês e um dos impulsionadores desta frente que vinha batalhando para o não encerramento do IFCV, recordou que vários artistas foram conhecidos através desse instituto, nomeadamente Mayra Andrade, Tcheka, o grupo de dança Raiz de pólon, alguns pintores bem como outros novos talentos cabo-verdianos.
Nilton dos Santos diz que o encerramento do IFCV é visto como uma grande perda para a Cidade da Praia, sobretudo no momento em que se fala da internacionalização da mão-de-obra cabo-verdiana, nomeadamente para os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em que ter conhecimento de uma língua estrangeira, entre os quais o francês, se afigura como fundamental.
Ele indicou também que com as suas inúmeras atividades, entre curso de francês e da língua cabo-verdiana, a mediateca, espetáculos e estágios de formação, o IFCV desempenhava um papel “preponderante” na dinâmica dos intercâmbios linguísticos e culturais com a França e o mundo francófono.
Com a decisão de fechar as portas do IFCV, os equipamentos vão ser doados para as escolas e outras instituições. Le livros da mediateca e os outros materiais pedagógicos vão ser entregues à Universidade de Cabo Verde, para reforçar o projeto da criação do Instituto de Línguas e parte destes, e uma outra parte à Biblioteca Nacional.
Fonte da instituição explicou que a ideia inicial era de, em caso de fecho do IFCV, era a de se criar uma Alliance Française na Cidade da Praia, à semelhança da que existe em São Vicente.
No entanto, dado à escassez de tempo “ficou difícil a concretização desse propósito”, uma vez que a Alliance Française tinha de ser um projeto nacional e que ter o engajamento do Governo cabo-verdiano, pelo menos no apoio com espaço, o que, contudo, não foi conseguido porque o tempo foi curto.
-0- PANA CS/TON 16jun2013