Agência Panafricana de Notícias

Instituições financeiras pedem acordo global em Copenhaga

Túnis- Tunísia (PANA) -- Os dirigentes das principais instituições financeiras internacionais lançaram quinta-feira um apelo para um acordo global na luta contra as mudanças climáticas na Cimeira prevista para este mês em Copenhaga (Dinamarca).
Segundo um comunicado do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) datado de Túnis e transmitido à PANA, os dirigentes destas instituições decidiram coordenar os seus esforços com vista a contribuir para a realização dos objectivos ambiciosos da reunião.
Numa declaração conjunta, eles comprometem-se a utilizar os mandatos, a perícia e os recursos das suas próprias organizações para ajudar as autoridades a conjugar os seus esforços com o sector privado para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e fazer uma melhor utilização possível dos fundos disponíveis.
Juntam-se ao BAD neste apelo o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), o Banco Europeu de Investimento (BEI), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIAD), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Todas estas instituições comprometem-se igualmente a utilizar assistência técnica e recursos financeiros para continuar a apoiar os seus objectivos ambientais.
Reconhecem a prioridade da Convenção-Quadro das Nações Unids sobre as Mudanças Climáticas (CCNUCC) que fixa os objectivos para enfrentar os desafios ambientais mundiais.
Um acordo em Copenhaga deve oferecer um regime global completo e equitativo sobre as mudanças climáticas, além de 2012, que permita a todos os países alcançar um desenvolvimento sustentável", observam.
As instituições financeiras prometem ainda assegurar a coordenação com a Comissão Europeia e com outros parceiros que apoiam os esforços dos países em desenvolvimento para fazer face às mudanças climáticas.
Reiteram também o seu compromisso de ajudar os países em desenvolvimento a adaptar-se às mudanças climáticas e de facilitar o desenvolvimento bem como uma transferência de tecnologias e de conhecimento que tenha em conta o clima em função das necessidades de cada país.
Para o presidente do BAD, Donald Kaberuka "o impacto das mudanças climáticas em África já é evidente".
Segundo ele, essas mudanças acrescentam um encargo suplementar significativo aos desafios actuais da pobreza, do acesso insuficiente à energia, à água e às infraestruturas básicas".
Assim, prossegue, recursos suplementares são necessários com urgência para ajudar África a adaptar-se, para proteger os seus lagos e as suas florestas e manter o crescimento.
"Juntos devemos enfrentar esses desafios.
O Banco Africano de Desenvolvimento está pronto para desempenhar o seu papel", assegurou.