PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Instabilidade facilita narcotráfico na África Ocidental, diz Presidente cabo-verdiano
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, afirmou, esta terça-feira, na cidade de Santa Maria, na ilha do Sal, que a instabilidade política, aliada à vulnerabilidade no domínio da segurança, tem aberto caminho a investidas dos narcotraficantes e ao terrorismo na região oeste-africana.
Jorge Carlos Fonseca, que falava no encerramento de uma conferência internacional sobre "A Luta contra o Terrorismo, Problemas e Oportunidades em África e no Médio Oriente", que decorreu nestes últimos três dias naquela estância turística, citou a revista americana Foreign Policy 2010 para lembrar que três dos 12 Estados falhados ou em situação de maior instabilidade em África fazem parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, "estas informações atestam a vulnerabilidade da nossa região" e evidenciam a "grande responsabilidade" dos Estados num importante espaço de circulação de petróleo e onde também a pirataria marítima constitui uma ameaça latente.
Jorge Carlos Fonseca lembrou que os últimos acontecimentos na África Ocidental, traduzidos nos recentes golpes de Estado no Mali e na Guiné-Bissau, "atestam essa vulnerabilidade" e evidenciam a "grande responsabilidade" dos Estados na defesa das rotas marítimas do Oceano Atlântico.
"Aproveitando-se de alguma debilidade institucional, o narcotráfico tem feito poderosas investidas na região, situação que tem facilitado a atividade de grupos terroristas em algumas áreas", explicou, defendendo um esforço na formação técnica das diversas instâncias ligadas à criminalidade.
O Presidente da República defendeu também que o combate a esses fenómenos passa pelo reforço e pelo aprofundamento do Estado de Direito Democrático, bem como pelo esforço de desenvolvimento e capacitação técnica das diversas instâncias envolvidas neste processo.
Jorge Carlos Fonseca considera ainda que, diante do surgimento de novas formas de
terrorismo, como é o caso do terrorismo informático e do terrorismo ambiental, importante se torna reforçar e aperfeiçoar os meios de investigação e privilegiar a cooperação policial, um investimento seguro, que, conforme disse, vale a pena realizar.
"Entendemos que essa articulação cada vez mais estreita entre as instâncias dos diferentes Estados vocacionadas para o combate ao terrorismo é condição imperativa para o seu sucesso", precisou.
A este propósito, o chefe Estado cabo-verdiano disse estar seguro que as reflexões levadas a cabo por "tão ilustres" especialistas na ilha do Sal e que ao longo de três dias abordaram temas de "grande atualidade", serão uma contribuição "muito valiosa" para que Cabo Verde possa continuar a dar uma contribuição positiva para a estabilidade e para a paz na sub-região.
A conferência, denominada FBINAA RETRAINER 2012, Africa - Middle East Chapter, foi realizada conjuntamente pela Polícia Judiciária cabo-verdiana e a FBINAA (FBI ACADEMY ASSOCIATES), uma associação sem fins lucrativos, cujos membros são agentes de aplicação da lei de todo o mundo que frequentaram a Academia Nacional do FBI em Quantico - Virgínia, nos Estados Unidos da América.
Participaram no encontro um total de cento e cinquenta policiais de diferentes países, nomeadamente África, Médio Oriente e Estados Unidos da América, para troca de informações e experiências sobre questões policiais relacionadas com o terrorismo.
-0– PANA CS/DD 23maio20
Jorge Carlos Fonseca, que falava no encerramento de uma conferência internacional sobre "A Luta contra o Terrorismo, Problemas e Oportunidades em África e no Médio Oriente", que decorreu nestes últimos três dias naquela estância turística, citou a revista americana Foreign Policy 2010 para lembrar que três dos 12 Estados falhados ou em situação de maior instabilidade em África fazem parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, "estas informações atestam a vulnerabilidade da nossa região" e evidenciam a "grande responsabilidade" dos Estados num importante espaço de circulação de petróleo e onde também a pirataria marítima constitui uma ameaça latente.
Jorge Carlos Fonseca lembrou que os últimos acontecimentos na África Ocidental, traduzidos nos recentes golpes de Estado no Mali e na Guiné-Bissau, "atestam essa vulnerabilidade" e evidenciam a "grande responsabilidade" dos Estados na defesa das rotas marítimas do Oceano Atlântico.
"Aproveitando-se de alguma debilidade institucional, o narcotráfico tem feito poderosas investidas na região, situação que tem facilitado a atividade de grupos terroristas em algumas áreas", explicou, defendendo um esforço na formação técnica das diversas instâncias ligadas à criminalidade.
O Presidente da República defendeu também que o combate a esses fenómenos passa pelo reforço e pelo aprofundamento do Estado de Direito Democrático, bem como pelo esforço de desenvolvimento e capacitação técnica das diversas instâncias envolvidas neste processo.
Jorge Carlos Fonseca considera ainda que, diante do surgimento de novas formas de
terrorismo, como é o caso do terrorismo informático e do terrorismo ambiental, importante se torna reforçar e aperfeiçoar os meios de investigação e privilegiar a cooperação policial, um investimento seguro, que, conforme disse, vale a pena realizar.
"Entendemos que essa articulação cada vez mais estreita entre as instâncias dos diferentes Estados vocacionadas para o combate ao terrorismo é condição imperativa para o seu sucesso", precisou.
A este propósito, o chefe Estado cabo-verdiano disse estar seguro que as reflexões levadas a cabo por "tão ilustres" especialistas na ilha do Sal e que ao longo de três dias abordaram temas de "grande atualidade", serão uma contribuição "muito valiosa" para que Cabo Verde possa continuar a dar uma contribuição positiva para a estabilidade e para a paz na sub-região.
A conferência, denominada FBINAA RETRAINER 2012, Africa - Middle East Chapter, foi realizada conjuntamente pela Polícia Judiciária cabo-verdiana e a FBINAA (FBI ACADEMY ASSOCIATES), uma associação sem fins lucrativos, cujos membros são agentes de aplicação da lei de todo o mundo que frequentaram a Academia Nacional do FBI em Quantico - Virgínia, nos Estados Unidos da América.
Participaram no encontro um total de cento e cinquenta policiais de diferentes países, nomeadamente África, Médio Oriente e Estados Unidos da América, para troca de informações e experiências sobre questões policiais relacionadas com o terrorismo.
-0– PANA CS/DD 23maio20