PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Insegurança trava luta contra ameaça acridiana no Níger e Mali
Roma, Itália (PANA) – As culturas do Níger e do Mali estão ameaçadas pelos enxames de gafanhotos peregrinos que se dirigem para o sul, provenientes da Argélia e da Líbia, alertou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Grupos de acridianos foram detetados recentemente no norte do Níger, saídos de infestações mais ao norte, segundo a FAO que indica que os esforços de luta anti-acridiana na região são travados pela insegurança contínua dos dois lados da fronteira argelino-líbia.
A insegurança política e os conflitos no Mali poderão igualmente comprometer as operações de seguimento e de luta se os gafanhotos atingirem o país, advertiu a FAO.
Segundo a organização, as infestações acridianas foram assinaladas pela primeira vez em janeiro de 2012 no sudoeste da Líbia, perto de Ghat, e no sudeste da Argélia.
Em finais de março último, a FAO lançou um alerta sobre os riscos desses enxames no Níger e no Mali até junho passado.
As chuvas contínuas e o crescimento da vegetação favoreceram a formação de tais enxames nos meados de maio deste ano.
A Argélia e a Líbia trabalharam com insistência para tratar as zonas infestadas que cobriam respetivamente 40 mil hectares e 21 mil hectares até finais de maio do corrente ano.
"O número de gafanhotos e a distância que percorreram vão depender de dois fatores principais, designadamente a eficiência dos esforços de luta em curso na Argélia e na Líbia e as chuvas iminentes no Sahel", explica Keith Cressman, responsável da informação acridiana na FAO.
"Em tempo normal, a Argélia e a Líbia poderiam ter controlado a maioria dos enxames locais e impedido a sua deslocação para o sul, mas a insegurança que reina nos dois lados da fronteira trava o acesso das equipas locais e dos peritos da FAO que precisam de avaliar a situação. A capacidade de luta antiacridiana da Líbia foi também afetada no último ano", explica Cressman.
Se as chuvas forem abundantes durante os próximos dias, os gafanhotos poderão proliferar no norte do Níger e do Mali, onde a insegurança trava igualmente o acesso das equipas nacionais de prospeção e de luta.
A última infestação acridiana no Níger data de 2003-2005, quando os enxames de gafanhotos peregrinos invadiram cerca de duas dúzias de países.
Para controlar as infestações na Líbia, 300 mil dólares foram mobilizados pela Comissão da FAO de luta contra o gafanhoto peregrino na região ocidental (CLCPRO) e 400 mil dólares pela FAO.
-0- PANA CP/JSG/CJB/IZ 5jun2012
Grupos de acridianos foram detetados recentemente no norte do Níger, saídos de infestações mais ao norte, segundo a FAO que indica que os esforços de luta anti-acridiana na região são travados pela insegurança contínua dos dois lados da fronteira argelino-líbia.
A insegurança política e os conflitos no Mali poderão igualmente comprometer as operações de seguimento e de luta se os gafanhotos atingirem o país, advertiu a FAO.
Segundo a organização, as infestações acridianas foram assinaladas pela primeira vez em janeiro de 2012 no sudoeste da Líbia, perto de Ghat, e no sudeste da Argélia.
Em finais de março último, a FAO lançou um alerta sobre os riscos desses enxames no Níger e no Mali até junho passado.
As chuvas contínuas e o crescimento da vegetação favoreceram a formação de tais enxames nos meados de maio deste ano.
A Argélia e a Líbia trabalharam com insistência para tratar as zonas infestadas que cobriam respetivamente 40 mil hectares e 21 mil hectares até finais de maio do corrente ano.
"O número de gafanhotos e a distância que percorreram vão depender de dois fatores principais, designadamente a eficiência dos esforços de luta em curso na Argélia e na Líbia e as chuvas iminentes no Sahel", explica Keith Cressman, responsável da informação acridiana na FAO.
"Em tempo normal, a Argélia e a Líbia poderiam ter controlado a maioria dos enxames locais e impedido a sua deslocação para o sul, mas a insegurança que reina nos dois lados da fronteira trava o acesso das equipas locais e dos peritos da FAO que precisam de avaliar a situação. A capacidade de luta antiacridiana da Líbia foi também afetada no último ano", explica Cressman.
Se as chuvas forem abundantes durante os próximos dias, os gafanhotos poderão proliferar no norte do Níger e do Mali, onde a insegurança trava igualmente o acesso das equipas nacionais de prospeção e de luta.
A última infestação acridiana no Níger data de 2003-2005, quando os enxames de gafanhotos peregrinos invadiram cerca de duas dúzias de países.
Para controlar as infestações na Líbia, 300 mil dólares foram mobilizados pela Comissão da FAO de luta contra o gafanhoto peregrino na região ocidental (CLCPRO) e 400 mil dólares pela FAO.
-0- PANA CP/JSG/CJB/IZ 5jun2012