PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Inquérito sobre venda de armas acolhido com ceticismo na África do Sul
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O anúncio quinta-feira pelo Presidente sul-africano, Jacob Zuma, de uma nova comissão para investigar sobre as alegações de malversação no quadro dum contrato de venda de armas de vários milhões de rands foi largamente acolhido com ceticismo.
Zuma pediu ao ministro da Justiça e Desenvolvimento Constitucional, Jeff Radebe, para dirigir este inquérito sobre esta compra pelo Governo sul-africano de armas no valor de quatro biliões 800 milhões de dólares americanos, finalizada em 1999 e que, desde então, é objeto de acusações de corrupção.
Koos van der Merwe, do Partido Inkatha da Liberdade, exprimiu reservas sobre os motivos desta decisão.
« A questão que se levanta é porquê somente agora? Este programa de aquisição de armas foi iniciado no fim dos anos 90 e desde o início foi objeto de suspeitas de corrupção », declarou.
Indicou que a única dedução lógica é que todas as provas deviam ser destruídas há muito tempo e que o Governo podia por conseguinte realizar finalmente um tal inquérito.
O líder do Movimento Democrático Unido, Bantu Holomisa, defendeu a mesma ideia.
« Não podemos deixar de se interrogar por que o Governo demorou para se decidir. Será que é preciso ligar este facto à quantidade de provas destruídas? », afirmou o líder político sul-africano.
Helen Zille, responsável do partido da oposição oficial da Aliança Democrática, lembrou que a sua formação continuou a reclamar pela abertura dum inquérito há quase 10 anos.
« Novas informações relativas a estas alegações de corrupção no quadro deste contrato de venda de armas aparecem na Suécia e na Alemanha », declarou a líder política, acrescentando que o Presidente Zuma devia dar à Comissão todos os meios de investigar sobre todos os aspetos deste contrato e o poder de citar testemunhas a comparecer.
O Departamento das Aquisições Estratégicas do Ministério sul-africano da Defesa devia modernizar os seus equipamentos e para isto proceder à aquisição de corvetas, de barcos submarinos, de helicópteros polivalentes ligeiros, de simuladores para aviões de combate e dum avião de caça ligeiro.
A decisão do Presidente Zuma de abrir um inquérito sobre este caso surge um ano depois de o ativista Terry Crawford-Browne recorrer ao Tribunal Constitucional para obrigar o chefe de Estado sul-africano a retomar as investigações e vários anos depois de diversos processos com provas « formais » terem sido apresentados às autoridades.
-0- PANA CU/SEG/FJG/JSG/FK/IZ 16set2011
Zuma pediu ao ministro da Justiça e Desenvolvimento Constitucional, Jeff Radebe, para dirigir este inquérito sobre esta compra pelo Governo sul-africano de armas no valor de quatro biliões 800 milhões de dólares americanos, finalizada em 1999 e que, desde então, é objeto de acusações de corrupção.
Koos van der Merwe, do Partido Inkatha da Liberdade, exprimiu reservas sobre os motivos desta decisão.
« A questão que se levanta é porquê somente agora? Este programa de aquisição de armas foi iniciado no fim dos anos 90 e desde o início foi objeto de suspeitas de corrupção », declarou.
Indicou que a única dedução lógica é que todas as provas deviam ser destruídas há muito tempo e que o Governo podia por conseguinte realizar finalmente um tal inquérito.
O líder do Movimento Democrático Unido, Bantu Holomisa, defendeu a mesma ideia.
« Não podemos deixar de se interrogar por que o Governo demorou para se decidir. Será que é preciso ligar este facto à quantidade de provas destruídas? », afirmou o líder político sul-africano.
Helen Zille, responsável do partido da oposição oficial da Aliança Democrática, lembrou que a sua formação continuou a reclamar pela abertura dum inquérito há quase 10 anos.
« Novas informações relativas a estas alegações de corrupção no quadro deste contrato de venda de armas aparecem na Suécia e na Alemanha », declarou a líder política, acrescentando que o Presidente Zuma devia dar à Comissão todos os meios de investigar sobre todos os aspetos deste contrato e o poder de citar testemunhas a comparecer.
O Departamento das Aquisições Estratégicas do Ministério sul-africano da Defesa devia modernizar os seus equipamentos e para isto proceder à aquisição de corvetas, de barcos submarinos, de helicópteros polivalentes ligeiros, de simuladores para aviões de combate e dum avião de caça ligeiro.
A decisão do Presidente Zuma de abrir um inquérito sobre este caso surge um ano depois de o ativista Terry Crawford-Browne recorrer ao Tribunal Constitucional para obrigar o chefe de Estado sul-africano a retomar as investigações e vários anos depois de diversos processos com provas « formais » terem sido apresentados às autoridades.
-0- PANA CU/SEG/FJG/JSG/FK/IZ 16set2011