Agência Panafricana de Notícias

Inflação importada em Cabo Verde aumenta 1,1% em 2014

Praia, Cabo Verde (PANA) - A taxa de inflação importada em Cabo Verde, em 2014, registou um aumento de de 1,1%, relativamente ao ano anterior, de acordo com os primeiros resultados do Índice de Preço do Comércio Externo (ICE) apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com estes dados, a que a PANA teve acesso segunda-feira, o INE procedeu à divulgação de seis publicações, referentes ao ICE, sendo uma, de 2014, que concretiza 2013, o ano base do estudo; e cinco de 2015, referentes aos meses de janeiro até a maio último, que mostram a evolução dos preços das trocas comerciais entre Cabo Verde e o resto do mundo.

O presidente do INE, António Duarte, considera que são indicadores importantes para a análise da situação conjuntural do país, uma vez que “vai ajudar as pessoas a tomarem decisões sobretudo sobre que foi a inflação importada”.

Recordou que o INE já publica informações mensais sobre a inflação, mas que faltava esta componente.

Por isso, acrescentou, o instituto implementou este projeto sobre o ICE, que, segundo ele, vai ser um instrumento importante para a análise e a compreensão da situação económica de Cabo Verde.

“Ao nível dos preços locais, que é o Índice de Preço no Consumidor, temos uma deflação há alguns meses. Já ao nível da inflação importada, constatamos um aumento de 1,1 porcento. Quer dizer que os preços cresceram 1,1 porcento face ao ano de 2014. E a tendência mantém-se nos primeiros meses de 2015”, precisou.

António Duarte afirmou que este projeto ICE arrancou em 2013 com o apoio da Eurostat, através da União Europeia.

Anunciou que o INE tem ainda em carteira uma publicação sobre os 40 anos da independência nacional com indicadores sobre a evolução dos diversos setores de Cabo Verde desde 1975.

“A publicação contempla desde a situação política ao social, infraestruturas escolares, desportivas e sanitários. Faz também uma análise da evolução populacional. Por exemplo, a esperança de vida era de 65 anos. Cobre também a parte económica. Temos a evolução da importação desde 1975 até a esta parte”, precisou.

-0- PANA CS/DD 06jul2015