Agência Panafricana de Notícias

Inflação atinge nível mais baixo em 20 anos em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - A inflação anual em São Tomé e Príncipe baixou para 6,3 porcento, em julho passado, o nível mais baixo dos últimos 20 anos, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) a que a PANA teve acesso neste fim de semana.

Num comunicado distribuído no termo de uma missão de avaliação de duas semanas em São Tomé e Príncipe, o FMI admite que este índice pode chegar a um nível mais baixo ainda de um dígito e muito mais cedo do que esperado se a tendência de desinflação atual se mantiver.

O documento revela ainda que as reservas em divisas do Banco Central santomense encontram-se a "um nível confortável e equivalem a mais de três meses de importação".

Por outro lado, o FMI prevê entretanto que a taxa de crescimento económico de São Tomé e Príncipe atinja os quatro porcento em 2013, mantendo-se assim "inalterada desde 2012".

A este propósito, revela que, face às incertezas da economia mundial e às limitadas prespetivas de financiamento externo para projetos de investimentos nos setores público e privado, a taxa de crescimento para 2014 foi revista em baixa de 5,5 porcento para cinco porcento.

Por isso, recomendou às autoridades santomenses a continuarem a gerir com prudência a execução orcamental no resto do ano de 2013, e a avançarem para a elaboração, pelo Governo do primeiro-ministro Gabriel Costa, do projeto de orçamento do Estado para 2014.

De acordo com a nota instituição financeira internacional, a implementação prudente da lei das finanças ajudará o país a prever os gastos, tendo em conta que o “ambiente externo deverá permanecer desafiador”

O FMI considera no seu documento que, com o aproximar da realização de eleições locais parlamentares no arquipélago, as autoridades governamentais "estão proibidas" de fazer gastos excessivos que foram “típicos em ciclos eleitorais anteriores”.

As observações do FMI visam fortalecer o sistema financeiro, promover um desenvolvimento económico a médio prazo e sustentavel, e reduzir as vulnerabilidades da dívida externa, conclui o comunicado.

-0- PANA RMG/IZ 28set2013