PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Imprensa angolana desafia Isabel dos Santos a ir a tribunal
Luanda, Angola (PANA) - O jornal eletrónico angolano "Maka Angola" desafiou a empresária Isabel dos Santos, filha do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, a intentar uma ação judicial para provar a sua inocência num alegado caso de peculato.
Segundo o Maka Angola, Isabel dos Santos "tornou-se perita em emitir comunicados que negam factos, sem todavia os impugnar especificamente".
"O seu comunicado mais recente, sobre a matéria do Maka Angola referente à transferência de 135 milhões de dólares da Sonangol para as suas empresas particulares, diz apenas que se trata de informações falsas", indica o portal do ativista e jornalista Rafael Marques.
Na realidade, sugere, o que Isabel dos Santos deveria fazer era "propor-se a ir a tribunal e, perante contraditório, fazer prova das suas negações. Desafiamo-la a intentar uma ação judicial para provar a sua inocência".
Para o site de Rafael Marques, Isabel dos Santos fala numa campanha contra a sua pessoa, esquecendo-se "da campanha de saque das riquezas do país que tem estado a realizar, protegida pelo seu então pai-Presidente, José Eduardo dos Santos".
"Esta é que é a campanha contra Angola, e contra os Angolanos de bem e o povo sofredor", escreve o portal, sublinhando que a impunidade da ex-“princesa” tem os dias contados e que o seu pai e atual presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) "não terá como proteger a sua ganância desmedida e a sua incontida arrogância por mais tempo".
O portal lembra, entretanto, que Isabel dos Santos ainda não desmentiu a revelação feita na imprensa portuguesa dando conta de uma outra operação que lhe é atribuída e que consistiu na retirada de 60 milhões de dólares americanos da conta da Sonangol para uma empresa sua.
Na operação em causa, explica, Isabel dos Santos teria usado o Banco BIC Portugal, de que é sócia, para transferir os 60 milhões de dólares para o Banco Atlântico Sul, em Cabo Verde, que é detido pelo BAI Cabo Verde, subsidiário do BAI Angola, cujo acionista principal é a Sonangol.
"O montante foi parar a uma conta da Esperaza Holding, o veículo através do qual Isabel dos Santos é sócia da Sonangol. Por sua vez, a Esperanza Holding é associada da Amorim Energia, que detém 38,4 porcento da Galp Energia, em Portugal", precisa o site.
Para além das denúncias sobre o descaminho de dinheiros públicos através da Sonangol, a companhia petrolífera angolana, Isabel dos Santos também desmentiu as alegações de que estaria em curso uma investigação criminal sobre tais desvios de fundos a ela imputados.
Na sua reação, Isabel dos Santos disse tratar-se de "falsas informações" tanto as revelações sobre as alegadas transferências ilícitas de elevadas somas da conta da Sonangol, a principal empresa pública angolana, como as relativas à existência de um inquérito sobre o assunto.
A imprensa internacional divulgou amplamente esta semana um anúncio atribuído à Sonangol sobre a abertura de um inquérito sobre “possíveis desvios” de fundos imputáveis à Isabel dos Santos, sua ex-presidente do Conselho de Administração (PCA).
Um despacho da agência AFP retomado por vários media nacionais e estrangeiros, incluindo o jornal francês Le Monde e o zimbabweano The Herald, refere que a filha do ex-Presidente angolano é suspeita de ter desviado dezenas de milhões de euros quando estava à frente da Sonangol.
O texto lembra que Isabel dos Santos foi nomeada pelo seu pai como PCA da Sonangol, em 2016, e demitida em novembro último, pelo novo chefe de Estado angolano, Joao Lourenço.
A AFP cita o porta-voz da Sonangol, Mateus Benza, que teria anunciado que “criamos uma comissão de inquérito interna para investigar sobre as informações divulgadas”, antes de acrecentar que “verificamos possíveis desvios mas não confirmo nada por enquanto”.
-0- PANA IZ 23dez2017
Segundo o Maka Angola, Isabel dos Santos "tornou-se perita em emitir comunicados que negam factos, sem todavia os impugnar especificamente".
"O seu comunicado mais recente, sobre a matéria do Maka Angola referente à transferência de 135 milhões de dólares da Sonangol para as suas empresas particulares, diz apenas que se trata de informações falsas", indica o portal do ativista e jornalista Rafael Marques.
Na realidade, sugere, o que Isabel dos Santos deveria fazer era "propor-se a ir a tribunal e, perante contraditório, fazer prova das suas negações. Desafiamo-la a intentar uma ação judicial para provar a sua inocência".
Para o site de Rafael Marques, Isabel dos Santos fala numa campanha contra a sua pessoa, esquecendo-se "da campanha de saque das riquezas do país que tem estado a realizar, protegida pelo seu então pai-Presidente, José Eduardo dos Santos".
"Esta é que é a campanha contra Angola, e contra os Angolanos de bem e o povo sofredor", escreve o portal, sublinhando que a impunidade da ex-“princesa” tem os dias contados e que o seu pai e atual presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) "não terá como proteger a sua ganância desmedida e a sua incontida arrogância por mais tempo".
O portal lembra, entretanto, que Isabel dos Santos ainda não desmentiu a revelação feita na imprensa portuguesa dando conta de uma outra operação que lhe é atribuída e que consistiu na retirada de 60 milhões de dólares americanos da conta da Sonangol para uma empresa sua.
Na operação em causa, explica, Isabel dos Santos teria usado o Banco BIC Portugal, de que é sócia, para transferir os 60 milhões de dólares para o Banco Atlântico Sul, em Cabo Verde, que é detido pelo BAI Cabo Verde, subsidiário do BAI Angola, cujo acionista principal é a Sonangol.
"O montante foi parar a uma conta da Esperaza Holding, o veículo através do qual Isabel dos Santos é sócia da Sonangol. Por sua vez, a Esperanza Holding é associada da Amorim Energia, que detém 38,4 porcento da Galp Energia, em Portugal", precisa o site.
Para além das denúncias sobre o descaminho de dinheiros públicos através da Sonangol, a companhia petrolífera angolana, Isabel dos Santos também desmentiu as alegações de que estaria em curso uma investigação criminal sobre tais desvios de fundos a ela imputados.
Na sua reação, Isabel dos Santos disse tratar-se de "falsas informações" tanto as revelações sobre as alegadas transferências ilícitas de elevadas somas da conta da Sonangol, a principal empresa pública angolana, como as relativas à existência de um inquérito sobre o assunto.
A imprensa internacional divulgou amplamente esta semana um anúncio atribuído à Sonangol sobre a abertura de um inquérito sobre “possíveis desvios” de fundos imputáveis à Isabel dos Santos, sua ex-presidente do Conselho de Administração (PCA).
Um despacho da agência AFP retomado por vários media nacionais e estrangeiros, incluindo o jornal francês Le Monde e o zimbabweano The Herald, refere que a filha do ex-Presidente angolano é suspeita de ter desviado dezenas de milhões de euros quando estava à frente da Sonangol.
O texto lembra que Isabel dos Santos foi nomeada pelo seu pai como PCA da Sonangol, em 2016, e demitida em novembro último, pelo novo chefe de Estado angolano, Joao Lourenço.
A AFP cita o porta-voz da Sonangol, Mateus Benza, que teria anunciado que “criamos uma comissão de inquérito interna para investigar sobre as informações divulgadas”, antes de acrecentar que “verificamos possíveis desvios mas não confirmo nada por enquanto”.
-0- PANA IZ 23dez2017