PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Imame em Nouakchott contra sentença de pena capital contra blogueiro mauritano
Nouakchott, Mauritânia (PANA) – O imame da maior mesquita de Nouakchott, Ahmed Ould Habibou Rahmane, defende sexta-feira a cessação de manifestações de rua a favor da execução da pena de morte pronunciada pela justiça mauritana contra blogueiro Cheikh Mohamed Ould M’Kheitir, soube-se de fonte segura no local.
O imame lançou este apelo durante um sermão pronunciado durante a grante oração muçulmana de sexta-feira à tarde, a favor do jovem Cheikh Mohamed Ould M’Kheitir, blogueiro acusado de "apostasia" por ter publicado "escritas blasfematórios" e condenado por isso à pena capital em dezembro de 2015.
"Ninguém tem o direito de emitir uma sentença qualquer que seja para um caso submetido aos tribunais. São os magistrados que devem julgar em toda consciência casos que lhes sejam expostos. É injusto e inaceitável que sejam organizadas manifestações para pressionar e mesmo tentar intimidar estes magistrados”, aconselhou o dignitário religioso.
Ele se opôs corajosamente a vários jurisconsultos mauritanos lembrando-lhes «o caráter aberto e tolerante do Islão ».
Com efeito, nas últimas semanas, vários « especialistas » nacionais do Islão exigiram a execução do blogueiro Cheikh Mohamed Ould M’Kheitir, detido desde dezembro de 2014.
Sujeito a um recurso, este caso está pendente no Supremo Tribunal que anunciou o seu veredito a 20 de dezembro corrente, tendo no entanto adiado a sentença para data indeterminada sem dar detalhes.
Estas convulsões provocaram um clima apavorante em Nouakchott levando consequentemente os parentes do jovem condenado a solicitarem um asilo político ao Governo francês.
-0- PANA SAS/TBM/FK/DD 24dez2016
O imame lançou este apelo durante um sermão pronunciado durante a grante oração muçulmana de sexta-feira à tarde, a favor do jovem Cheikh Mohamed Ould M’Kheitir, blogueiro acusado de "apostasia" por ter publicado "escritas blasfematórios" e condenado por isso à pena capital em dezembro de 2015.
"Ninguém tem o direito de emitir uma sentença qualquer que seja para um caso submetido aos tribunais. São os magistrados que devem julgar em toda consciência casos que lhes sejam expostos. É injusto e inaceitável que sejam organizadas manifestações para pressionar e mesmo tentar intimidar estes magistrados”, aconselhou o dignitário religioso.
Ele se opôs corajosamente a vários jurisconsultos mauritanos lembrando-lhes «o caráter aberto e tolerante do Islão ».
Com efeito, nas últimas semanas, vários « especialistas » nacionais do Islão exigiram a execução do blogueiro Cheikh Mohamed Ould M’Kheitir, detido desde dezembro de 2014.
Sujeito a um recurso, este caso está pendente no Supremo Tribunal que anunciou o seu veredito a 20 de dezembro corrente, tendo no entanto adiado a sentença para data indeterminada sem dar detalhes.
Estas convulsões provocaram um clima apavorante em Nouakchott levando consequentemente os parentes do jovem condenado a solicitarem um asilo político ao Governo francês.
-0- PANA SAS/TBM/FK/DD 24dez2016