Ilhas Maurícias voltam a propor arrendamento de ilha de Diego Garcia aos Estados Unidos
Port Louis, Maurícias (PANA) - O primeiro-ministro maurício, Pravind Jugnauth, renovou domingo a sua proposta de arrendar, a longo prazo, uma das suas ilhas, Diego Garcia, aos Estados Unidos, soube a PANA de fonte oficial em Port-Louis.
Numa mensagem de felicitações ao novo Presidente americano eleito, Joe Biden, Jugnauth disse que "tal acordo será consistente com uma visão e princípios partilhados pelos ambos países, no que respeita ao Estado de direito e ao apoio histórico dos Estados Unidos à descolonização."
Jugnauth disse igualmente querer reforçar a parceria entre os seus o país e os Estados Unidos, em matéria de segurança e desenvolvimento socioeconómico.
Lembrou que as relações bilaterais entre os dois países datam de 1794 quando o então Presidente americanos, George Washington, nomeou um primeiro cônsul nas ilhas Maurícias.
Salientou que estes laços evoluíram ao longo do tempo para uma cooperação sólida, sustentada por valores comuns de democracia, respeito pelos direitos humanos, boa governação e Estado de direito.
Disse igualmente esperar que a liderança e a crença no multilateralismo defendidos por Biden sejam capazes de enfrentar com dinamismo e vitalidade os desafios internacionais, como as mudanças climáticas e a pandemia de covid-19.
Diego Garcia, um atol no arquipélago de Chagos, alberga atualmente uma base militar americana que o Reino Unido lhe arrenda, desde os anos de 1960, antes da independência maurícia, em 1968.
Os habitantes da ilha, os Chagossianos, que viviam no arquipélago há décadas, foram exilados à força para as ilhas Maurícias e das Seicheles.
Estas populações, cuja maioria já morreu, continuam a lutar para regressar à sua ilha natal, enquanto as ilhas Maurícias reivindica, junto do Tribunal Internacional de Justiça, em Haia (Países Baixos), a sua soberania sobre o arquipélago em apreço.
-0- PANA NA/MA/NFB/IS/SOC/DIM/DD 10novembro2020