Ilhas Maurícias celebram 186.º aniversário de abolição de escravatura
Le Morne, ilhas Maurícias (PANA) - O primeiro-ministro maurício, Pravind Jugnauth, declarou segunda-feira que a população não se deve esquecer dos danos causados pela escravatura antes da sua abolição em 1835.
Durante uma cerimónia oficial comemorativa do 186.º aniversário da Abolição da Escravatura, organizada na Aldeia de Morne, uma zona histórica, no sudoeste do arquipélago.
Morne foi declarada, em 2008, Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Devemos sempre recodar-nos disso a fim de a humanidade não cometer de novo este horror, pois os escravos sofreram das piores humilhações possíveis”, sublinhou o chefe do Governo maurício.
Achou imperioso prestar-se homenagem à população que sofreu imenso para construir as "ilhas Maurícias de hoje."
Jugnauth indicou que foi neste este espírito que o Governo anunciou um projeto de construção do Museu Intercontinental da Escravatura em Port-Louis, a capital maurícia.
"A primeira fase do projeto começou em outubro de 2020, e o museu será construído nas instalações utilizadas durante a colonização francesa como um hospital militar”, precisou.
Segundo ele, o Governo considera a realização deste projeto como uma prioridade para se recordar dos escravos que contribuíram para o desenvolvimento de fazendas, a construção de estradas e edifícios, mas também para outras infraestruturas.
Achou urgente empreender-se um processo de desenvolvimento que tenha em conta toda a população e o seu bem-estar.
Para este efeito, ele anunciou a construção de 12 mil alojamentos para pessoas de baixa renda.
O chefe do Governo maurício reafirmou igualmente a sua determinação a lutar contra a discriminação, a exclusão e desigualdades.
-0- PANA NA/MA/NFB/JSG/FK/DD 02fev2021