PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Igrejas cristãs preocupadas com laicidade do Estado
angolano Luanda- Angola (PANA) -- A laicidade do Estado angolano prevista na Constituição foi um dos principais aspectos que dominou a sessão de apresentação da Lei Magna terça- feira, em Luanda, a representantes de instituições religiosas, sindicatos e outras organizações da sociedade civil.
Durante o encontro, distintos lideres religiosos, cuja maioria tomou a palavra, referiram que a história do país não está dissociada do elemento cristão, que sempre o acompanhou enquanto Estado.
Na sua opinião, por este motivo, a religião cristã deveria estar plasmada na Constituição, para não apresentar o Estado como sendo Laico.
Esta característica, bastante discutida entre diferentes personalidades presentes na sala número dois da Assembleia Nacional, não quer dizer que se deixe de respeitar outras religiões.
Segundo disse o padre Dionísio Hisiilinapo, secretário executivo da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), em entrevista a Angop, no final da sessão, não se deve ignorar este elemento por ser parte da nossa história enquanto Angolanos.
O sacerdote apresentou, como exemplo, o facto de "aceitarmos o carnaval como festa cultural de Angola de raiz, sendo esta também de origem cristã", interrogando- se "porque não reconhecer a identidade cristã dos Angolanos, quando o país está marcado por este elemento ?".
Ele estimou que, se não forem acautelados alguns aspectos, de aceitar ou não que "nós temos este passado e que o mesmo pesa sobre nós, poderemos enfrentar vários problemas no futuro".
Em relação ao programa de divulgação e esclarecimento sobre a Constituição levado a cabo pela Assembleia Nacional, Dionísio Hisiilinapo disse ser uma iniciativa bastante positiva e que a Igreja fará o seu trabalho também de divulgação às comunidades.
A sua opinião convenceu o reverendo Luís Nguimbi, que nessa ocasião, frisou que a sessão foi bastante útil e reconheceu que nem tudo que foi dado como subsídio poderia constar da Constituição.
Acrescentou que a medida que o tempo for passando os Angolanos saberão definir algumas prioridades e rectificar os passos que não tiverem sido bem dados.
Por outro lado, disse que a Igreja vai fazer a parte que lhe cabe, ajudando a divulgar o texto.
Por sua vez, o secretário-geral da Unta-Central Sindical, Manuel Viage, disse que este foi um contrato formal e positivo entre os legisladores, a sociedade civil e a Igreja.
Na sua óptica, os representante dos organismos sociais tiveram oportunidades de dialogar directamente com os legisladores, o que lhes permitiu esclarecerem melhor algumas questões importantes.
A Constituição da República de Angola foi aprovada pelo Parlamento a 3 de Fevereiro do corrente ano, na qualidade de Assembleia Constituinte, com poderes específicos para realizar esta tarefa.
Promulgada e publicada no Diário da República a 5 de Fevereiro de 2010, a Constituição de Angola apresenta 244 artigos, organizados em oito capítulos.
Durante o encontro, distintos lideres religiosos, cuja maioria tomou a palavra, referiram que a história do país não está dissociada do elemento cristão, que sempre o acompanhou enquanto Estado.
Na sua opinião, por este motivo, a religião cristã deveria estar plasmada na Constituição, para não apresentar o Estado como sendo Laico.
Esta característica, bastante discutida entre diferentes personalidades presentes na sala número dois da Assembleia Nacional, não quer dizer que se deixe de respeitar outras religiões.
Segundo disse o padre Dionísio Hisiilinapo, secretário executivo da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), em entrevista a Angop, no final da sessão, não se deve ignorar este elemento por ser parte da nossa história enquanto Angolanos.
O sacerdote apresentou, como exemplo, o facto de "aceitarmos o carnaval como festa cultural de Angola de raiz, sendo esta também de origem cristã", interrogando- se "porque não reconhecer a identidade cristã dos Angolanos, quando o país está marcado por este elemento ?".
Ele estimou que, se não forem acautelados alguns aspectos, de aceitar ou não que "nós temos este passado e que o mesmo pesa sobre nós, poderemos enfrentar vários problemas no futuro".
Em relação ao programa de divulgação e esclarecimento sobre a Constituição levado a cabo pela Assembleia Nacional, Dionísio Hisiilinapo disse ser uma iniciativa bastante positiva e que a Igreja fará o seu trabalho também de divulgação às comunidades.
A sua opinião convenceu o reverendo Luís Nguimbi, que nessa ocasião, frisou que a sessão foi bastante útil e reconheceu que nem tudo que foi dado como subsídio poderia constar da Constituição.
Acrescentou que a medida que o tempo for passando os Angolanos saberão definir algumas prioridades e rectificar os passos que não tiverem sido bem dados.
Por outro lado, disse que a Igreja vai fazer a parte que lhe cabe, ajudando a divulgar o texto.
Por sua vez, o secretário-geral da Unta-Central Sindical, Manuel Viage, disse que este foi um contrato formal e positivo entre os legisladores, a sociedade civil e a Igreja.
Na sua óptica, os representante dos organismos sociais tiveram oportunidades de dialogar directamente com os legisladores, o que lhes permitiu esclarecerem melhor algumas questões importantes.
A Constituição da República de Angola foi aprovada pelo Parlamento a 3 de Fevereiro do corrente ano, na qualidade de Assembleia Constituinte, com poderes específicos para realizar esta tarefa.
Promulgada e publicada no Diário da República a 5 de Fevereiro de 2010, a Constituição de Angola apresenta 244 artigos, organizados em oito capítulos.