PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
IGAD minimiza ameaça militar contra Sudão do Sul
Addis-Abeba , Etiópia (PANA) - Os medianeiros de paz minimizaram as ameaças da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) de lançar uma operação militar para desarmar as fações beligerantes no Sudão do Sul no primeiro aniversário da guerra neste país.
"Há muitas incertezas sobre o futuro do Sudão do Sul. Até agora, ninguém sabe quantos milhares de pessoas morreram", declarou segunda-feira, Seyoum Mesfin, o medianeiro chefe do conflito sudanês que dura há um ano.
O conflito entre soldados fiéis ao Presidente Salva Kiir e ao antigo Vice-Presidente, Riek Machar, termina o seu primeiro ano com um processo de paz que parece incerto e confrontos que continuam a opor as duas partes.
Os chefes de Estado da IGAD foram obrigados a dar um ultimato de 14 dias às duas fações para restringir as forças e decidir a estrutura dum Governo de União Nacional para pôr termo à guerra sob pena de fazer face a uma ofensiva militar unilateral da região.
"Eu posso garantir-vos que o compromisso da região de ajudar os Sul-sudaneses a restabelecer a paz que seja mais do que ausência de guerra, uma paz que seja real, duradoura e próspera", declarou Seyoum à imprensa.
"Eles devem fazer esta escolha de abandonar a violência e encontrar uma solução duradoura para esta crise política", acrescentou.
Durante uma reunião realizada a 7 de novembro último, os líderes da IGAD presidiram a um diálogo entre os dois principais adversários políticos no Sudão do Sul, que culminou no anúncio pelos dois inimigos duma cessação imediata dos combates para abrir a via para o fim do conflito.
As negociações sobre a estrutura dum acordo de partilha do poder pareciam mais próximas duma resolução com um acordo aparente entre as duas partes para a consulta dos principais membros dos seus partidos para saber se é preciso continuar as negociações para assinar um acordo global.
Seyoum explicou que os medianeiros não desejavam discutir publicamente sobre o facto de que as duas partes "estavam a recuar após os progressos realizados para resolver esta crise", indicando que "sanções contra os principais líderes serão contraprodutivas e inúteis".
"Não chegámos ao fim desta crise, não existe um acordo sobre as questões essenciais, há pontos de discórdia, mas os combates no Sudão do Sul cessam progressivamente. É uma guerra de usura e as partes deverão responder por este facto. O mais importante é resolver a estrutura do Governo de transição por consultas", revelou Seyoum.
A próxima série de negociações para encontrar um desfecho para esta crise deverá iniciar a 17 de dezembro em Addis Abeba (Etiópia) e uma mini-cimeira da IGAD deverá realizar-se numa data não precisada para encontrar uma solução urgente para esta crise.
Os líderes de fações fiéis a Machar advertiram que uma ação militar unilateral dos Estados da IGAD mergulhará a região inteira num conflito.
-0- PANA AO/VAO/FJG/BEH/IBA/FK/TON 16dez2014
"Há muitas incertezas sobre o futuro do Sudão do Sul. Até agora, ninguém sabe quantos milhares de pessoas morreram", declarou segunda-feira, Seyoum Mesfin, o medianeiro chefe do conflito sudanês que dura há um ano.
O conflito entre soldados fiéis ao Presidente Salva Kiir e ao antigo Vice-Presidente, Riek Machar, termina o seu primeiro ano com um processo de paz que parece incerto e confrontos que continuam a opor as duas partes.
Os chefes de Estado da IGAD foram obrigados a dar um ultimato de 14 dias às duas fações para restringir as forças e decidir a estrutura dum Governo de União Nacional para pôr termo à guerra sob pena de fazer face a uma ofensiva militar unilateral da região.
"Eu posso garantir-vos que o compromisso da região de ajudar os Sul-sudaneses a restabelecer a paz que seja mais do que ausência de guerra, uma paz que seja real, duradoura e próspera", declarou Seyoum à imprensa.
"Eles devem fazer esta escolha de abandonar a violência e encontrar uma solução duradoura para esta crise política", acrescentou.
Durante uma reunião realizada a 7 de novembro último, os líderes da IGAD presidiram a um diálogo entre os dois principais adversários políticos no Sudão do Sul, que culminou no anúncio pelos dois inimigos duma cessação imediata dos combates para abrir a via para o fim do conflito.
As negociações sobre a estrutura dum acordo de partilha do poder pareciam mais próximas duma resolução com um acordo aparente entre as duas partes para a consulta dos principais membros dos seus partidos para saber se é preciso continuar as negociações para assinar um acordo global.
Seyoum explicou que os medianeiros não desejavam discutir publicamente sobre o facto de que as duas partes "estavam a recuar após os progressos realizados para resolver esta crise", indicando que "sanções contra os principais líderes serão contraprodutivas e inúteis".
"Não chegámos ao fim desta crise, não existe um acordo sobre as questões essenciais, há pontos de discórdia, mas os combates no Sudão do Sul cessam progressivamente. É uma guerra de usura e as partes deverão responder por este facto. O mais importante é resolver a estrutura do Governo de transição por consultas", revelou Seyoum.
A próxima série de negociações para encontrar um desfecho para esta crise deverá iniciar a 17 de dezembro em Addis Abeba (Etiópia) e uma mini-cimeira da IGAD deverá realizar-se numa data não precisada para encontrar uma solução urgente para esta crise.
Os líderes de fações fiéis a Machar advertiram que uma ação militar unilateral dos Estados da IGAD mergulhará a região inteira num conflito.
-0- PANA AO/VAO/FJG/BEH/IBA/FK/TON 16dez2014