PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Human Rights Watch insta Burundi a cessar ameaça contra jornalistas
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – A organização de defesa dos direitos humanos "Human Rights Watch (HRW)" instou os responsáveis do Governo burundês a cessar de pressionar os jornalistas.
Num comunicado divulgado em Nova Iorque e envidado terça-feira à PANA, a HRW ressalta que, nas últimas semanas, muitos jornalistas foram convocados pelas autoridades judiciárias para serem interrogados, em relação aos programas de rádio que implicam agentes do Estado em casos de violação dos direitos humanos.
Altos responsáveis do Governo, incluindo três ministros, lançaram advertências contra os média nos últimos dias, ameaçando processá-los e insinuando que poderão ser acusados de delitos tais como a incitação à desobediência pública e ao ódio.
As ameaças surgiram quando a imprensa denunciou restrições que lhe foram impostas após o massacre de Gatumba, a 18 de setembro de 2011.
"Estamos muito preocupados face à escalada de intimidações contra a imprensa no Burundi", disse Daniel Bekele, diretor da HRW para África.
"Esta agressão da imprensa livre impede praticamente os jornalistas a levarem a cabo inquéritos e a efetuarem reportagens com toda independência", lamenta.
Cerca de 40 pessoas foram mortos por homens armados, a 18 de setembro passado, durante o ataque de um bar em Gatumba, a cerca de 15 quilómetros da capital, Bujumbura.
As autoridades impuseram um "black-out" mediático de 30 dias sobre o evento, bem como sobre outros assuntos sob investigação.
Este "black-out" foi momentaneamente contestado por alguns membros da imprensa, antes de ser finalmente respeitado.
Uma vez terminado o prazo de 30 dias, algumas rádios começaram a divulgar programas sobre este massacre.
Em particular, a Rádio Pública Africana (RPA) difundiu uma entrevista de um dos acusados neste caso, Innocent Ngendakuriyo, contactado na prisão, que afirmou que agentes do Estado poderiam estar implicados nos eventos que levaram ao massacre de Gatumba.
A 08 de novembro corrente, Bob Rugurika, chefe de Redação da RPA, e Patrick Nduwimana, chefe de Redação da Rádio Bonesha FM, receberam convocações do gabinete do procurador-geral da República de Bujumbura e foram ouvidos no quadro destes programas.
Segundo a HRW, o Governo do Burundi atormenta e intimida os jornalistas há anos, acusando estes últimos bem como os militantes da sociedade civil de conspiração com os partidos da oposição.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 22nov2011
Num comunicado divulgado em Nova Iorque e envidado terça-feira à PANA, a HRW ressalta que, nas últimas semanas, muitos jornalistas foram convocados pelas autoridades judiciárias para serem interrogados, em relação aos programas de rádio que implicam agentes do Estado em casos de violação dos direitos humanos.
Altos responsáveis do Governo, incluindo três ministros, lançaram advertências contra os média nos últimos dias, ameaçando processá-los e insinuando que poderão ser acusados de delitos tais como a incitação à desobediência pública e ao ódio.
As ameaças surgiram quando a imprensa denunciou restrições que lhe foram impostas após o massacre de Gatumba, a 18 de setembro de 2011.
"Estamos muito preocupados face à escalada de intimidações contra a imprensa no Burundi", disse Daniel Bekele, diretor da HRW para África.
"Esta agressão da imprensa livre impede praticamente os jornalistas a levarem a cabo inquéritos e a efetuarem reportagens com toda independência", lamenta.
Cerca de 40 pessoas foram mortos por homens armados, a 18 de setembro passado, durante o ataque de um bar em Gatumba, a cerca de 15 quilómetros da capital, Bujumbura.
As autoridades impuseram um "black-out" mediático de 30 dias sobre o evento, bem como sobre outros assuntos sob investigação.
Este "black-out" foi momentaneamente contestado por alguns membros da imprensa, antes de ser finalmente respeitado.
Uma vez terminado o prazo de 30 dias, algumas rádios começaram a divulgar programas sobre este massacre.
Em particular, a Rádio Pública Africana (RPA) difundiu uma entrevista de um dos acusados neste caso, Innocent Ngendakuriyo, contactado na prisão, que afirmou que agentes do Estado poderiam estar implicados nos eventos que levaram ao massacre de Gatumba.
A 08 de novembro corrente, Bob Rugurika, chefe de Redação da RPA, e Patrick Nduwimana, chefe de Redação da Rádio Bonesha FM, receberam convocações do gabinete do procurador-geral da República de Bujumbura e foram ouvidos no quadro destes programas.
Segundo a HRW, o Governo do Burundi atormenta e intimida os jornalistas há anos, acusando estes últimos bem como os militantes da sociedade civil de conspiração com os partidos da oposição.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 22nov2011