PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Homicídios duplicam em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O número de homicídios em Cabo Verde duplicou no primeiro semestre de 2016 em relação ao ano anterior, soube a PANA quinta-feira de fonte policial.
De acordo com os dados oficiais da Polícia Nacional (PN), foram registados em Cabo Verde 36 homicídios, o dobro dos ocorridos no período homólogo de 2015.
A maioria destas mortes teve lugar na área do Comando Regional da Praia (29), sendo que 15 se registaram na capital e 14 em São Domingos, município onde ocorreu um massacre no destacamento militar.
Santa Catarina (3), São Vicente (3) e Santo Antão (1) foram os restantes comandos da PN onde se registam casos de homicídios nos primeiros seis meses do ano.
Estes dados foram avançados pelo diretor da Polícia Nacional, Emanuel Estaline, numa reunião com os deputados da Comissão Especializada de Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos, Segurança e Reforma do Estado no âmbito da preparação do debate sobre o estado da Justiça, agendado para o final do mês.
No entanto, a Polícia Nacional adverte que o número de homicídios nos seis primeiros meses do ano em curso foi influenciado pelas 11 mortes ocorridas, em abril passado, num destacamento militar no interior da ilha de Santiago.
Um militar em serviço no local é apontado com o autor do tiroteio que vitimou oito soldados e três civis, dois dos quais cidadãos espanhóis.
Emanuel Estaline deu ainda conta de um aumento global da criminalidade na ordem de 1,8 porcento no mesmo período, percentagem que sobe para os 8,62 porcento, quando analisado o aumento de crimes na área do Comando Regional da Praia.
Por tipo de crimes, além dos homicídios, registou-se um aumento dos roubos ( 19,49%), ofensas corporais e violência baseada no género.
Considerando "preocupante" o aumento de homicídios no país, sobretudo por estar instalado na população "um sentimento de insegurança", Estaline transmitiu aos deputados os "muitos constrangimentos" com que se debate a Polícia, apontando como o maior a falta de pessoal e meios.
Segundo ele, todos os anos têm saído elementos da Polícia por vários motivos e os que tem sido formados e entram na corporação "não têm chegado para compensar as saídas".
Em breve entrará, segundo Emanuel Estaline, um contingente de 120 homens, 60 dos quais ficarão no Comando da Praia, estando em preparação um novo concurso para o recrutamento de mais um contingente.
O responsável reconhece que existe alguma desmotivação entre os agentes, sobretudo relacionada com a questão salarial, e considera que, para ser possível implementar um policiamento de proximidade, nomeadamente nos bairros periféricos, são precisos mais agentes.
"Com o pessoal que temos, não podemos ter patrulhamento a toda a hora em todos os bairros", disse.
Na passada sexta-feira, o Governo de Cabo Verde anunciou um "reforço extraordinário" de meios para a Polícia Nacional e serviços prisionais em cerca de quatro milhões de euros para combater a criminalidade e dar mais segurança às pessoas.
A medida consta de um pacote para fazer face à onda de criminalidade no país, e que tem afetado sobretudo os grandes centros urbanos.
Segundo o ministro da Administração Interna cabo-verdiana, Paulo Rocha, os 460 milhões de escudos (cerca de 4 milhões de euros) servirão para aquisição de equipamentos de segurança e proteção pessoal e meios de mobilidade para os polícias cabo-verdianos.
-0- PANA CS/IZ 13out2016
De acordo com os dados oficiais da Polícia Nacional (PN), foram registados em Cabo Verde 36 homicídios, o dobro dos ocorridos no período homólogo de 2015.
A maioria destas mortes teve lugar na área do Comando Regional da Praia (29), sendo que 15 se registaram na capital e 14 em São Domingos, município onde ocorreu um massacre no destacamento militar.
Santa Catarina (3), São Vicente (3) e Santo Antão (1) foram os restantes comandos da PN onde se registam casos de homicídios nos primeiros seis meses do ano.
Estes dados foram avançados pelo diretor da Polícia Nacional, Emanuel Estaline, numa reunião com os deputados da Comissão Especializada de Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos, Segurança e Reforma do Estado no âmbito da preparação do debate sobre o estado da Justiça, agendado para o final do mês.
No entanto, a Polícia Nacional adverte que o número de homicídios nos seis primeiros meses do ano em curso foi influenciado pelas 11 mortes ocorridas, em abril passado, num destacamento militar no interior da ilha de Santiago.
Um militar em serviço no local é apontado com o autor do tiroteio que vitimou oito soldados e três civis, dois dos quais cidadãos espanhóis.
Emanuel Estaline deu ainda conta de um aumento global da criminalidade na ordem de 1,8 porcento no mesmo período, percentagem que sobe para os 8,62 porcento, quando analisado o aumento de crimes na área do Comando Regional da Praia.
Por tipo de crimes, além dos homicídios, registou-se um aumento dos roubos ( 19,49%), ofensas corporais e violência baseada no género.
Considerando "preocupante" o aumento de homicídios no país, sobretudo por estar instalado na população "um sentimento de insegurança", Estaline transmitiu aos deputados os "muitos constrangimentos" com que se debate a Polícia, apontando como o maior a falta de pessoal e meios.
Segundo ele, todos os anos têm saído elementos da Polícia por vários motivos e os que tem sido formados e entram na corporação "não têm chegado para compensar as saídas".
Em breve entrará, segundo Emanuel Estaline, um contingente de 120 homens, 60 dos quais ficarão no Comando da Praia, estando em preparação um novo concurso para o recrutamento de mais um contingente.
O responsável reconhece que existe alguma desmotivação entre os agentes, sobretudo relacionada com a questão salarial, e considera que, para ser possível implementar um policiamento de proximidade, nomeadamente nos bairros periféricos, são precisos mais agentes.
"Com o pessoal que temos, não podemos ter patrulhamento a toda a hora em todos os bairros", disse.
Na passada sexta-feira, o Governo de Cabo Verde anunciou um "reforço extraordinário" de meios para a Polícia Nacional e serviços prisionais em cerca de quatro milhões de euros para combater a criminalidade e dar mais segurança às pessoas.
A medida consta de um pacote para fazer face à onda de criminalidade no país, e que tem afetado sobretudo os grandes centros urbanos.
Segundo o ministro da Administração Interna cabo-verdiana, Paulo Rocha, os 460 milhões de escudos (cerca de 4 milhões de euros) servirão para aquisição de equipamentos de segurança e proteção pessoal e meios de mobilidade para os polícias cabo-verdianos.
-0- PANA CS/IZ 13out2016